É bem verdade que Magrão sempre foi uma pessoa de poucas palavras. Porém, o silêncio adotado nessa sua saída do Sport vem causando estranheza nos rubro-negros, que esperavam que o goleiro viesse a público para se posicionar sobre o que lhe motivou a acionar o clube na justiça e decidir seguir o seu rumo longe da Ilha do Retiro.
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Mesmo com uma postura mais reclusa por parte de Magrão e de sua família, o Jornal do Commercio conseguiu conversar com pessoas próximas à família Beti para saber como está o ídolo rubro-negro. E as informações passadas à reportagem é que o arqueiro de 42 anos já vinha bastante chateado com a sua situação no Sport.
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“Ele (Magrão) já estava estranho. Monossilábico. Bastante triste com tudo o que vinha acontecendo com ele. Sem motivação no banco de reservas. Mesmo treinando bem, ninguém lhe passava uma perspectiva de voltar à titularidade”, disse uma fonte, que esteve com o goleiro há 20 dias, que preferiu não se identificar.
Já uma pessoa próxima a um dos filhos de Magrão confidenciou ao JC que o goleiro “está meio depressivo por conta da não valorização do Sport e decepcionado com algumas pessoas do clube. Ele preferiu ficar calado e não abrir o que passou”.
Essa insatisfação por não ter sido valorizado dentro do clube (teve que aceitar uma redução salarial no início do ano) e, também, por não vir jogando - estava até revezando as viagens com o terceiro goleiro Luan Poli - foram alguns fatores que deixaram o Magrão incomodado. Além do fato de que os moldes da repactuação das dívidas não teriam agradado ao jogador.
O goleiro Magrão chegou ao Sport no dia 21 de abril de 2005 e, nesses 14 anos, já disputou 731 partidas pelo time rubro-negro, tendo conquistado oito títulos Pernambucanos (2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2014, 2017 e 2019), uma Copa do Brasil (2008) e a Copa do Nordeste (2014). O veterano de 42 anos também tem no currículo três acessos à Série A: 2006, 2011 e 2013.