Escritório pernambucano recebe menção honrosa em Concurso Estação Antártica

Projeto assinado pelo arquiteto Ricardo Pessoa de Melo, do MVRF, sugeria edifícios esféricos
Mona Lisa Dourado
Publicado em 21/04/2013 às 0:48
Foto: Divulgação


O projeto de um edifício esférico, semelhante a uma nave e planejado como um espaço de encontro e confraternização premiou o escritório pernambucano MVRF com uma das quatro menções honrosas do Concurso Estação Antártica. Para o arquiteto Ricardo Pessoa de Melo, que assinou a proposta, a disputa serviu como aprendizado. “Era um desafio para quem vive num clima tropical. O que nos motivou foi a condição extrema, diferenciada. Isso nos obrigou a estudar novos materiais e pensar na solução de problemas de naturezas distintas das que estamos acostumados”, resume, sem lamentar a colocação. “Fazer parte desse grupo seleto é uma grande honra, significa que percorremos caminhos corretos.”

ESTAÇÃO PROVISÓRIA
Enquanto a nova base brasileira na Antártida não é construída, as pesquisas que relacionam o ambiente polar ao País poderão ter continuidade na estação provisória concluída no último dia 25 de março. Os módulos emergenciais, capazes de abrigar 64 pessoas, foram instalados no local onde funcionava o antigo heliponto. A área, de 920 mil m², é mais elevada e ligeiramente afastada da que foi destruída pelo fogo em fevereiro do ano passado. Mas a escolha por esse espaço na verdade foi feita para não prejudicar o andamento da reconstrução da estação definitiva, segundo o Contra-Almirante Marcos Silva Rodrigues. “No início, as duas estruturas vão conviver. Quando a nova base estiver operando integralmente, partes da provisória serão realocadas para refúgios, além de servir de abrigo de emergência”, explica. Segundo ele, a estrutura tem prazo de validade de pelo menos cinco anos.

O trabalho de retirada dos destroços da base incendiada envolveu 200 homens na maior Operação Antártica já realizada pelo Brasil. As 800 toneladas de escombros já voltaram ao País. Parte dela será leiloada. Com o retorno do navio Ary Rongel, o último a deixar a Antártida nesta temporada, no próximo dia 25 a Operantar 31 será oficialmente encerrada. Na avaliação de Silva Rodrigues, o saldo é positivo. “Observadores de outros países ficaram impressionados com a rapidez em que removemos a estação e a dimensão da operação logística realizada”, finaliza.

Projeto da nova base brasileira é de escritório curitibano, vencedor do Concurso Estação Antártica - Divulgação
Futura estação terá 2 edifícios paralelos e um transversal com janelões de vidro e vista para a baía - Divulgação
Elegância, simplicidade e facilidade de construção estão entre os diferenciais destacados pelo júri - Divulgação
Projeto classificado em 2º lugar privilegiou a horizontalidade - Divulgação
Boa organização espacial e aproveitamento das áreas foram características positivas - Divulgação
Passarela de cargas e localização do heliponto receberam críticas do júri - Divulgação
Projeto classificado em 3º lugar sugeria uma construção em forma de cubo - Divulgação
Júri considerou que o projeto tinha uma "composição formal harmônica" - Divulgação
Localização do setor operacional longe dos tanques de combustível foi aspecto negativo do 3º lugar - Divulgação
Projeto de escritório pernambucano recebeu menção honrosa. Proposta era de edifícios esféricos - Divulgação
Escritório pernambucano MVRF pensou a nova base como um espaço "acolhedor e de encontro" - Divulgação
Ricardo Pessoa de Melo (de branco) e a equipe do escritório pernambucano MVRF - Divulgação
Júri concedeu 4 menções honrosas a projetos que se destacaram pela "qualidade arquitetônica" - Divulgação
Júri concedeu 4 menções honrosas a projetos que se destacaram pela "qualidade arquitetônica" - Divulgação
Júri concedeu 4 menções honrosas a projetos que se destacaram pela "qualidade arquitetônica" - Divulgação
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