Novos casos de câncer, que não existiam até o acidente nuclear de Fukushima ou nos meses seguintes, foram detectados recentemente em menores, mostra relatório da prefeitura japonesa.
De acordo com o documento, entre os 75.311 menores examinados, um desenvolveu recentemente um câncer e suspeita-se que mais sete tenham a doença. Esses menores, quatro rapazes e quatro mulheres, não apresentavam nenhuma anomalia durante os exames de controle inicial.
A primeira fase do exame (feita entre outubro de 2011 e o fim de 2014) abrangeu 298.577, dos 367.687 jovens da região com menos de 18 anos no momento do acidente, ocorrido em março de 2011, causado por um terremoto seguido de tsunami.
Os exames revelaram 86 casos de câncer da tireoide e 23 fortemente suspeitos entre os menores, sendo, no entanto, impossível afirmar que foram uma consequência do acidente nuclear, por falta de dados comparativos.
O segundo estudo começou em 2014 e permitiu analisar 75.311 crianças, sendo o primeiro que permite realmente medir os casos que surgiram depois do acidente. Permite ainda detectar tumores que não existiam no primeiro exame, agora utilizado como base de referência.
A tireoide é uma esponja de iodo, especialmente durante o crescimento infantil. A glândula é particularmente vulnerável a emissões de iodo 131 radioativo, liberado em caso de acidente nuclear.