Dois advogados de autores da ação judicial contra o ex-diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, acusado de proxenitismo, anunciaram nesta segunda-feira, véspera das alegações da promotoria, que vão retirar suas queixas de delitos sexuais contra o denunciado.
"As Equipes da Ação contra o Proxenetismo retiram sua acusação contra Dominique Strauss-Kahn", declarou ante o tribunal de Lille (norte da França) o advogado da associação, David Lepidi.
Gilles Maton, o advogado que defende as quatro prostitutas envolvidas no caso, duas das quais também processavam DSK, também anunciou que elas vão abandonar as acusações contra o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional.
Strauss-Kahn, de 65 anos, se apresenta desde 2 de fevereiro a um tribunal de Lille junto com outros 13 acusados de proxenetismo com agravantes, um crime passível de ser punido com 10 anos de prisão.
DSK é acusado de ser o principal beneficiário e incentivador de festas libertinas na França e em Washington.
O político que foi durante muito tempo o favorito das pesquisas de opinião para as eleições presidenciais francesas de 2012, manteve durante todo o processo a mesma linha de defesa, de que é adepto de festas libertinas, mas não de prostitutas, e que ignorava que a condição das mulheres que participavam destas festas.
Perante o tribunal, ele declarou inocência e disse não ter cometido "nem crime, nem delito".