Dois americanos e um britânico vencem o Nobel de Medicina

Pesquisadores estudaram a adaptação das células ao aporte variável de oxigênio, o que permite lutar contra a anemia e o câncer
Katarina Moraes
Publicado em 07/10/2019 às 8:09
Pesquisadores estudaram a adaptação das células ao aporte variável de oxigênio, o que permite lutar contra a anemia e o câncer Foto: Foto: Jonathan NACKSTRAND / AFP


O Prêmio Nobel de Medicina foi atribuído nesta segunda-feira aos americanos William Kaelin e Gregg Semenza e ao britânico Peter Ratcliffe por suas pesquisas sobre a adaptação das células ao aporte variável de oxigênio, o que permite lutar contra a anemia e o câncer.

"A importância fundamental do oxigênio é conhecido há muitos séculos, mas o processo de adaptação das células às variações do nível de oxigênio foi durante longo tempo um mistério. O Prêmio Nobel deste ano recompensa pesquisas que revelam os mecanismos moleculares produzidos na adaptação das células ao aporte variável de oxigênio no corpo", destacou a Assembleia Nobel do Instituto Karolinska em Estocolmo.

"A importância fundamental do oxigênio é conhecido há muitos séculos, mas o processo de adaptação das células às variações do nível de oxigênio foi durante longo tempo um mistério", explica a Assembleia.

Estes mecanismos também estão implicados nos tumores, cujo crescimento depende do aporte de oxigênio ao sangue.

Kaelin trabalha no Howard Hughes Medical Institute nos Estados Unidos; Semenza coordena o programa de pesquisa vascular no John Hopkins Institute de pesquisas sobre engenharia celular; Ratcliffe é diretor de pesquisa clínica no Francis Crick Institute de Londres e do Target Discovery Institute de Oxford.

Os premiados receberão no dia 10 de dezembro uma medalha de ouro, um diploma e um cheque de 9 milhões de coroas (910.00 dólares), que será dividido.

Após o Nobel de Medicina, na terça-feira será anunciado o prêmio de Física e na quarta-feira o vencedor de Química. Na quinta-feira será a vez de Literatura e na próxima segunda-feira (14) o de Economia.

Na sexta-feira 11 de outubro, em Oslo, será revelado o nome ou nomes dos premiados com o Nobel da Paz.

Últimos vencedores

2019: William Kaelin e Gregg Semenza (Estados Unidos) e Peter Ratcliffe (Reino Unido) por suas pesquisas sobre a adaptação das células ao aporte variável de oxigênio, o que permite lutar contra la anemia y el cáncer.

2018: James P. Allison (Estados Unidos) e Tasuku Honju (Japão) por suas pesquisas sobre a imunoterapia especialmente eficaz no tratamento de casos de câncer agressivos.

2017: Jeffrey C. Hall, Michael Rosbash e Michael W. Young (Estados Unidos) por suas descobertas sobre o relógio biológico interno que controla os ciclos de vigília-sono dos seres humanos.

2016: Yoshinori Ohsumi (Japão) por suas pequisas sobre a autofagia, cruciais para entender como se renovam as células e a resposta do corpo à fome e às infecções.

2015: William Campbell (de origem irlandesa), Satoshi Omura (Japão) e Tu Youyou (China) por terem desenvolvido tratamentos contra infecções parasitárias e malária.

2014: John O'Keefe (Estados Unidos/Reino Unido) e May-Britt e Edvard Moser (Noruega) por suas investigações sobre o "GPS interno" do cérebro, que pode permitir avanços no conhecimento do Alzheimer.

2013: James Rothman, Randy Schekman e Thomas Südhof (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre os transportes intracelulares, que ajudam a conhecer de modo mais eficaz doenças como a diabetes.

2012: Shinya Yamanaka (Japão) e John Gurdon (Reino Unido) por suas pesquisas sobre a reversibilidade das células-tronco, que permite criar todo tipo de tecido do corpo humano.

2011: Bruce Beutler (Estados Unidos), Jules Hoffmann (França) e Ralph Steinman (Canadá), por seus estudos sobre o sistema imunológico que permite ao organismo humano se defender de infecções, favorecendo a vacinação e a luta contra doenças como o câncer.

2010: Robert Edwards (Reino Unido), pai do primeiro bebê de proveta, por sua contribuição ao desenvolvimento da fecundação in vitro.

TAGS
nobel nobel de medicina prêmio nobel medicina Câncer
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory