O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou, nesse domingo (20), que o "plano traçado pelo Foro de São Paulo" para a América Latina "está indo muito bem". Em discurso proferido no encerramento do I Congresso Internacional de Comunas, realizado em Caracas entre quarta-feira e domingo (20), o mandatário venezuelano não entrou em detalhes sobre o que seria o "plano", mas deixou claro que está adiantado.
"O plano, como o fizemos, está sendo cumprido. Vocês me entendem. O plano está em pleno desenvolvimento. Todas as metas que nos impusemos no Foro de São Paulo, estamos cumprindo uma por uma. A união de movimentos sociais, progressistas, revolucionários, nacional-populares de toda a América Latina, Caribe e até no mundo".
Falando para uma numerosa plateia, Maduro continuou. "Assim devemos seguir, articulando os partidos políticos progressistas, revolucionários, de esquerda, de toda América Latina com os movimentos sociais. Foi a estratégia que traçamos, e vamos bem, melhor do que pensávamos. Não posso dizer mais nada, são segredos do Super Bigode", disse, numa alusão ao próprio apelido.
Em seguida, Maduro ironizou a motivação dos protestos que sacodem Colômbia, Equador e Chile. "É tudo culpa minha, dizem. Na Colômbia, estudantes e camponeses saíram para protestar, culpa de Maduro e da Venezuela. No Equador, saíram a protestar contra o FMI e o estúpido (presidente) Lenín Moreno ofendeu o movimento indígena e ao povo do Equador. Agora é o povo do Chile que se rebela e a direita chilena diz que a culpa é de Maduro". Segundo o próprio Maduro, em seu perfil no Twitter, o Congresso de Comunas reuniu delegados de mais de 40 países.
Extraordinaria y maravillosa clausura del I Congreso Internacional de Comunas, Movimientos Sociales y Poder Popular. Encuentro exitoso que contó con delegaciones de más de 40 países, organizados para la construcción de un mundo mejor. ¡Sigan Adelante, Luchando y Venciendo! pic.twitter.com/nETD8IK4Xa
De acordo com a rede Telesur, uma das decisões do encontro foi a criação de uma rede internacional de comunicação popular e alternativa.
O governo brasileiro chegou a insinuar que a origem das manchas de óleo que, desde setembro, aparecem no litoral do Nordeste, seria da Venezuela. Em diferentes ocasiões, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, defenderam a ideia. Mas ainda não há comprovação sobre a origem do desastre.