Após anunciar uma série de mudanças para combater os casos de suicídio transmitidos pela rede, o Facebook ajudou a evitar que um catarinense cometesse o ato na última quarta-feira (8).
O homem, um mecânico desempregado que não teve a identidade revelada, estava tentando se suicidar pela quarta vez, tem 40 anos e espera o quarto filho. Antes que ele iniciasse a transmissão, a inteligência da rede social conseguiu identificar a situação e repassou as informações à Embaixada Brasileira e logo a informação chegou à Diretoria de Informação e Inteligência da SSP (Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina).
Os agentes se deslocaram de imediato e impediram que o homem se enforcasse. Antes de tentar se matar, ele teria publicado postagens com conteúdo suicida, e feito um vídeo ao vivo afirmando que se mataria nas próximas duas horas, o que aumentou a prioridade da ocorrência e repasse das informações.
“Chegando ao local o dono do perfil foi encontrado ainda com vida e a situação foi confirmada. O Corpo de Bombeiros que o conduziu até o hospital, onde foi medicado e realizado o acompanhamento psicológico”, relatou um dos policiais que atuaram na ocorrência.
“Ele é mecânico, já tinha problemas psicológicos, como depressão e num momento de desespero, tentou ceifar sua vida”, emendou o agente. A assistência social da prefeitura da cidade está acompanhando a vítima e seus familiares.
Uma pessoa comete suicídio a cada 40 segundos no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Com o aumento do uso das redes sociais, a transmissão desse ato na internet tem sido recorrente. Em janeiro deste ano, o policial militar carioca Douglas Jesus de Vieira, 28, transmitiu a própria morte, do quarto de casa. Ele desafiou os usuários a assistirem a cena ao vivo, apontou a arma para a cabeça e disparou.
Para evitar que a plataforma seja utilizada com esse intuito, através de algoritmos, a rede informa com prioridade aos administradores e autoridades policiais quando verifica que o comportamento de uma pessoa indica chances de suicídio.
Essa é o primeiro registro do uso dessa ferramenta no Brasil.