A fixação de idade mínima igual, de 65 anos, para a aposentadoria de homens e mulheres, defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, não é bem recebida pelos congressistas. É o que aponta pesquisa divulgada nesta segunda-feira (11) pelo banco BTG Pactual. O governo diz que a proposta não é definitiva e é apenas uma das que estão sendo estudadas.
A pesquisa mostrou que 72% dos congressistas aprovam a criação de uma idade mínima para a aposentadoria, mas a maioria (72%) dos parlamentares apoia idades diferentes para homens e mulheres. Em relação à idade de 65 anos para ambos os sexos, 61% dos entrevistados são contra. Apenas 20% apoiam a proposta, outros 7% não são a favor nem contra e 12% não sabem ou não responderam.
Se a proposta encaminhada pelo governo Bolsonaro mantiver as bases da proposta da gestão Michel Temer, que estabelece uma idade mínima de aposentadoria para homens, aos 65 anos, e outra para mulheres, aos 62 anos, ela terá o apoio de 38% dos entrevistados, segundo a pesquisa.
O levantamento foi realizado entre os dias 4 e 8 deste mês, com 235 deputados federais e 27 senadores, pelo Instituto FSB Pesquisa.
Na Câmara, 82% dos entrevistados responderam ser favoráveis a que se reforme a Previdência, enquanto no Senado esse índice chegou a 89%. O apoio a novas regras foi maior entre os congressistas novatos, ou seja, que não ocupavam mandato até 31 de janeiro deste ano. Segundo a pesquisa, 86% deles aprovam a reforma, enquanto entre os reeleitos a aprovação foi de 78%.
Na pesquisa por partidos, o PT foi o que contou menos parlamentares favoráveis à proposta: 37%. Na outra ponta, o PP e o PSDB tiveram 100% de apoio à reforma. O índice é maior que o do PSL (92%), partido do presidente Bolsonaro.