Sem fazer muitas críticas, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que não compete a ele julgar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, mas que as conversas vazadas entre o então juiz e o procuradores da Operação Lava Jato são "coisas graves". O magistrado participa de uma audiência nesta quarta-feira (19), com a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal.
Em seu discurso, Calheiros afirmou que sempre defendeu a Lava Jato e a colaboração premiada como forma de combater a corrupção. Segundo ele, é importante destacar o trabalho do Congresso Nacional para lutar contra essa barreira. "Esta conversa é uma preliminar da sabatina que faremos quando o senhor for indicado ao Supremo Tribunal Federal", disse.
Em seguida, o senador insistiu em saber se ele havia homologado delações antes de 2013. Já o magistrado disse que antes da Lei Nº 12.850, de 2013, que tratou das organizações criminosas, existia a Lei Nº 9034, de 1995, que já previa a delação premiada. "Houve colaborações antes da lei das organizações criminosas", concluiu o ministro.
A reunião na CCJ começou as 9h20, com 20 minutos de atraso. A previsão é de que, após a fala do ministro Moro, os senadores inscritos, intercalados por ordem de partido, tenham cinco minutos para perguntas.
O ministro tem o mesmo tempo para resposta e, depois, os parlamentares terão prazo máximo de dois minutos para réplica e tréplica. Transmitida pelas redes sociais do Senado, a reunião permite a participação da população, que pode enviar perguntas por meio dos canais oficiais.