O ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio foi indiciado pela Polícia Federal sob suspeita de envolvimento no esquema de laranjas do PSL. A investigação policial concluiu que o chefe da pasta comandou o esquema de desvio de recursos através de candidaturas femininas de fachada nas últimas eleições.
Álvaro foi indiciado nesta semana, ainda, suspeito de cometer os crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa, com pena de cinco, seis e três anos de reclusão, respectivamente.
O relatório policial foi enviado nesta sexta-feira, 4, ao Ministério Público de Minas Gerais. O indiciamento serve como base para que o órgão decida se oferece ou não denúncia à Justiça contra o ministro.
Caso a promotoria tome decisão similar à da Polícia Federal, a Justiça decidirá se aceita ou não tal denúncia. Caso aceite, Álvaro se torna réu e passa a responder pelo processo.
No dia 13 de março, em reunião com jornalistas, o presidente Jair Bolsonaro defendeu pressa na investigação da PF e afirmou que tomaria decisão acerca da permanência do ministro no governo se a polícia concluísse o seu envolvimento no caso dos laranjas. "Podem ter certeza que uma decisão será tomada, lamento", afirmou na ocasião.