Oposição cobra ações do Governo do Estado para requalificação da BR-101

O grupo da Articulação Metropolitana, formado por parlamentares das bancadas da oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e da Câmara do Recife, denunciou nesta terça-feira (9) a falta de manutenção da BR-101. Eles fizeram uma "blitz", como chamam as visitas surpresas, à via nesta manhã, no trecho que corta o bairro de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife, e contaram que, de acordo com o Portal da Transparência, o governo federal repassou, em dezembro, cerca de R$ 125 milhões para o Estado tocar as obras requalificação, o que não foi feito.

"Será que o governo estadual vai querer mais uma vez se desculpar jogando a responsabilidade para os outros?", questionou o líder da oposição na Alepe, deputado Daniel Coelho (Alepe).

O grupo colocou placas apontando "Cuidado! Buraco do governo" e conseguiram a atenção dos motoristas que trafegavam com dificuldade pelo local. Embaixo do Viaduto de Jardim São Paulo, a rodovia parece uma estrada de barro, com crateras e água acumulada. Nesta manhã, o trânsito estava retido na área, já que até veículos grandes, como ônibus e caminhões, têm dificuldade para driblar os buracos.

A vereadora Priscila Krause (DEM) lembrou que o governador Eduardo Campos (PSB) e o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), estarão reunidos nesta quarta (10) com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para tratar de mobilidade e cobrou que a BR-101 entre na pauta. "Queremos saber quais questões serão colocadas de fato ou se vão fazer mais um factóide".

Danie Coelho disse não acreditar mais em resultados positivos após reuniões dos governos federal e estadual. "No âmbito federal, o mesmo governo inicia o 11º ano. Em Pernambuco, são sete anos de mesmo governo e sempre as mesmas promessas são repetidas".

O deputado Betinho Gomes (PSDB) lembrou que não se tem mais notícias sobre a obra do Arco Metropolitano da Região Metropolitana, uma das principais contrapartidas para a instalação da montadora Fiat em Goiana, na Mata Norte pernambucana. "Acho que por trás disso há um desentendimento entre governos federal e estadual pela paternidade dos projetos estruturadores em Pernambuco", apontou, se referindo ao abalo na relação entre PT e PSB por causa da possibilidade de Eduardo Campos se lançar candidato a presidente em 2014.