Em Catende, prefeito preso por corrupção renuncia ao cargo

Prefeito afastado cumpre prisão domiciliar. Ele foi alvo da Operação Tsunami, deflagrada em junho pela Polícia Civil
Da editoria de Política
Publicado em 22/10/2016 às 12:03
Foto: Foto: Bobby Fabisak / JC Imagem


Fora do cargo há quatro meses, o prefeito afastado de Catende, Otacílio Alves Cordeiro (PSB), escreveu uma carta-renúncia abdicando do cargo. Preso desde junho, ele foi alvo da Polícia Civil na Operação Tsunami e é acusado de liderar organização criminosa e fraudar licitações. Com o afastamento dele, o vice-prefeito Josibias Cavalcanti (PSD) assumiu o cargo de forma interina e agora tomará posse em caráter definitivo. Ele foi reeleito e vai comandar a cidade da Mata Sul por mais quatro anos.

Atualmente, o prefeito afastado cumpre prisão domiciliar. Na carta, datada da última quarta-feira (19), o político afastado diz que foi uma "decisão sofrida" renunciar ao posto e tem "caráter irrevogável". O documento foi registrado em cartório. 

Segundo a Câmara dos Vereadores, o pedido de renúncia foi protocolado na quinta-feira (20) e o vice-prefeito Josibias Cavalcanti tomará posse na segunda-feira (24). O professor Josibias Cavalcanti foi eleito aos 88 anos, com 39,32% dos votos (7.556 dos votos válidos). Ele já governou a cidade por duas vezes.

A reportagem do JC tentou entrar em contato com a defesa do prefeito afastado Otacílio Cordeiro, mas o advogado não atendeu aos telefonemas. 

TSUNAMI

Iniciada em outubro de 2015, a operação Tsunami apontou que a rede de fraudes atingia desde a organização de eventos e obras, até abastecimentos em postos de gasolina. Conforme as investigações, empresas selecionadas para construções devolviam 90% do valor cobrado em depósito na conta de Ronaldo Alves Cordeiro. De acordo com o delegado Izaías Novaes, também responsável pelas investigações, um posto de gasolina chegou a receber R$ 3,5 milhões por combustível.

O prefeito afastado Otacílio havia sido preso e levado para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, mas foi autorizado a cumprir prisão domiciliar, em função da idade. Em julho, no entanto, ele retornou ao presídio por ter descumprido a medida judicial ao não deixar carregada a tornozeleira eletrônica. 

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