Em resposta à oposição, Raul Henry sai em defesa do governo Paulo

Opositores de Paulo afirmaram, por exemplo, que ele não tem poder de liderança, que 'quebrou' o Estado
Renata Monteiro
Publicado em 30/01/2018 às 7:12
Opositores de Paulo afirmaram, por exemplo, que ele não tem poder de liderança, que 'quebrou' o Estado Foto: Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem


O governador em exercício e secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Raul Henry (PMDB), rebateu, ontem, críticas feitas à gestão do governador Paulo Câmara (PSB) por integrantes do grupo Pernambuco quer Mudar no último sábado, em Petrolina. Os opositores do socialista afirmaram, por exemplo, que ele não tem poder de liderança, que “quebrou” o Estado e abandonou prefeituras que não o apoiam politicamente.

Após apresentar o balanço de 2017 da pasta que comanda, Raul disse que as acusações da oposição “não se confirmam na realidade”. Para comprovar a afirmação, o governador citou uma série de números que apontam para uma recuperação do Estado em setores afetados pela crise nos últimos anos.

“Pernambuco cresceu três vezes mais do que o Brasil (em 2017), no segundo semestre do ano passado mostrou uma retomada no número de empregos, sendo o segundo Estado que mais criou postos de trabalho, tem feito um grande esforço na área de recursos hídricos, contratou 1500 policiais e em 2018 serão mais 2600. Estamos muito confiantes no discurso que faremos e na mensagem que levaremos para a população na eleição deste ano”, disparou o peemedebista.

Sobre a queda nos investimentos – outra crítica feita pelos opositores, que afirmaram que o indicador cresceu mais no Ceará e na Bahia do que em Pernambuco –, Raul a creditou a não liberação de recursos por parte do governo federal.

“Quando a presidente Dilma ainda estava no posto, o governo federal liberou linhas de financiamento para o Ceará e para a Bahia que se realizaram ao longo de 2016 e 2017. Foram operações de crédito que aumentaram, naturalmente, a taxa de investimento desses dois Estados. Pernambuco, pelo contrário, está tendo muita dificuldade em liberar R$ 600 milhões de empréstimos aos quais têm direito, pois seus indicadores financeiros foram aprovados pelo Ministério da Fazenda”, detalhou Raul.

ELEIÇÕES

Questionado se acreditava que poderia ser taxado de incoerente no pleito deste ano por defender as reformas propostas pelo presidente Michel Temer, seu correligionário, e mesmo assim integrar a base de Paulo Câmara, contrário às propostas, Raul, que também é presidente do diretório estadual do PMDB, disse se sentir confortável em relação a isso.
“Nós fazemos parte de uma frente muito ampla. É uma frente estadual e muito heterogênea. Tem do PCdoB ao PP. Tem gente que apoia Manuela D’Ávila, que apoia Ciro, Henrique Meirelles. Luciano Bivar, por exemplo, apoia Bolsonaro. Sobre a conjuntura nacional, cada um vai decidir de acordo com o que acredita”, cravou, completando que não se incomoda com o discurso anti-Temer adotado pelo PSB após romper com o governo federal.

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