Petrolina avança na municipalização do serviço de saneamento

No Recife, Miguel Coelho afirma que há intesse de empresas nacionais e internacionais no processo de concessão do saneamento de Petrolina
Editoria de Política
Publicado em 11/06/2018 às 20:06
No Recife, Miguel Coelho afirma que há intesse de empresas nacionais e internacionais no processo de concessão do saneamento de Petrolina Foto: Foto: Guga Matos/JC Imagem


Em evento da chapa de oposição "Pernambuco quer Mudar", nesta segunda-feira (11), o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB), filho de Fernando Bezerra Coelho (MDB), deu novos detalhes sobre a municipalização da rede de saneamento e esgoto. Segundo o gestor, os estudos sobre a concessão já foram feitos. Porém irá contratar uma banca de avaliação terceirizada que dará um laudo sobre qual empresa deverá realizar o estudo da rede de água e esgoto de Petrolina. Retirando assim a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) do lugar de provedora do serviço.

"Já lançamos o processo de licitação, uma PPP (Participação Pública e Privada). Recebemos os estudos de viabilidade em torno de 15 a 20 dias, e o corpo técnico da prefeitura está estudando. Estamos contratando uma banca terceirizada, que está entre a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Fundação Instituto de Administração da USP (FIA), para fazer uma auditoria sem a participação da prefeita, até para dar legitimidade a esse processo e maior isenção. Em meados de agosto ou setembro estaremos publicando o edital da licitação. Contados isso, são mais 45 para as propostas."

Após o anúncio da medida, em janeiro, a gestão anunciou uma série de etapas para a processo de licitação. Atualmente o planejamento se encontra em sua quarta fase, que determina o lançamento de um edital público para as instituições concorrerem à concessão.

Os conflitos com a Compesa se iniciaram no começo do ano, quando o prefeito alegou que empresa não estaria prestando corretamente o atendimento. Em artigo ao Blog de Jamildo, Miguel afirma que a empresa "não honrou com as metas" instituídas em 2007, onde o acordado era que atingisse 98% de água tratada, a recuperação do sistema de abastecimento, a implementação da bacia central de tratamento de esgoto e a instalação de saneamento nos bairros Dom Avelar, Santa Luzia, Fernando Idalino e Jardim Petrópolis.

"Não quero tirar caçar a Compesa, mas se ela quiser ficar em Petrolina tem que vestir o que arrecada lá. Não dá para ficar retirando dinheiro de Petrolina para ficar cuidando do sistema da região metropolitana ou se outras cidades", complementa Miguel.

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