'Prefiro que o PSB continue a discutir', diz Paulo Câmara sobre apoio a Maia

Paulo Câmara também disse que quer falar com Jair Bolsonaro sobre como gerar emprego e renda
Da editoria de Política
Publicado em 11/01/2019 às 14:32
Paulo Câmara também disse que quer falar com Jair Bolsonaro sobre como gerar emprego e renda Foto: Foto: Câmara / Divulgação


Com informações de Maria Eduarda Bravo

Um dia depois de o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmar que o partido não quer apoiar a candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a Presidência da Câmara, o vice-presidente da sigla e governador de Pernambuco, Paulo Câmara, disse nesta sexta-feira (11) que esse tema ainda deve ser melhor discutido. Na visão do pernambucano, antes de tomar a decisão, o PSB deve conversar com PDT e PCdoB para que se alcance um consenso sobre o apoio. 

"Não estava presente na reunião, mas as informações que tenho, conversei com membros da bancada e com o próprio Carlos Siqueira, são de que não foi uma reunião terminativa, foi discutido essa questão e foram feitas muitas ponderações. O PSB tem um bloco devidamente conversado com PDT e PCdoB, então é importante ouvir esses dois partidos para que a gente fortaleça essa unidade de centro-esquerda e continue conversando com os candidatos e chegar a um consenso que seja melhor para o parlamento e que possa contribuir para a melhoria do Brasil. Prefiro que o PSB continue a discutir, isso será fundamental para que haja um entendimento com mais clareza do que a gente quer para o futuro do partido, do parlamento e do Brasil", disse Paulo Câmara após empossar o professor Pedro Falcão como reitor da Universidade de Pernambuco (UPE).

PSB, PDT e PCdoB articulam a criação de um bloco de oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Nessa quinta-feira (10), houve uma reunião da bancada pessebista em Brasília para discutir a sucessão do comando da Câmara e Carlos Siqueira garantiu que a maioria é favorável a não apoiar Maia, atual presidente da Casa. Ele disse que o fator principal para essa postura do PSB foi a adesão do PSL, partido de Bolsonaro, à candidatura do deputado do DEM. "Houve a adesão, que ele [Rodrigo Maia] aceitou, do PSL, sem que ele tivesse discutido com nenhum dos seus apoiadores, e isso inviabiliza completamente o nosso apoio a ele", afirmou Siqueira. As conversas com PDT e PCdoB devem ocorrer até a próxima segunda-feira (14).

Em busca de apoios, Rodrigo Maia deve desembarcar no Recife no próximo dia 17 de janeiro para um encontro com o governador Paulo Câmara. "Ele ficou de vir aqui na próxima semana, o deputado Wolney Queiroz, que é coordenador da bancada de Pernambuco na Câmara, me ligou perguntando se poderíamos receber o presidente Rodrigo Maia com a bancada, eu disse que sim evidentemente, tenho muito respeito pelo Rodrigo Maia e ele ficou de fazer uma agenda no próximo dia 17, estou aguardando a confirmação, mas se ele vier vamos recebê-lo com todo o apreço que temos por ele", disse Paulo.

ENCONTRO COM BOLSONARO

Na espera de uma audiência com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), o governador Paulo Câmara (PSB) admitiu que o encontro só deve acontecer depois da cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia do presidente. "Essas coisas não são tão rápidas, até porque não tem nada de urgente para se conversar. Tem coisas que eu quero repassar e a gente entende que o mês de janeiro é um mês adequado para se analisar essas agendas. A gente sabe que o presidente vai se operar então isso também deve estar complicando o agendamento, mas esperamos que tão passe esse período, ele possa nos chamar para conversar. É como falei, vamos pedir audiência para falar de Pernambuco, do Nordeste e como podemos ajudar o Brasil a voltar a gerar emprego e a gerar renda".

Vice-presidente nacional do PSB, partido de oposição a Bolsonaro, Paulo Câmara defendeu na última semana que a eleição passou e por isso, é necessária uma relação institucional com o presidente. "Vou buscar, como governador, conversar com o governo federal, mostrar nossos projetos e a importância de terminar obras como a Adutora do Agreste e de começar outras, como as adutoras que vão levar água para o Sertão. Mostrar a importância de ter um olhar especial para a região Nordeste, que foi a mais afetada por essa crise. Vamos fazer isso com muita institucionalidade, muito espírito público, pé no chão, serenidade", comentou.

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