Nome ligado a oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o senador reeleito Humberto Costa (PT) utilizou suas redes sociais nesta terça-feira (22) para divulgar um vídeo que faz críticas a falta de respostas do capitão reformado sobre as denúncias do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) ao senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
"A quem ele precisa dizer, ele (Bolsonaro) ainda não deu respostas. O povo brasileiro quer ouvir do presidente da República o que ele acha de todas essas denúncias surgindo, envolvendo o seu clã, os seus filhos, principalmente o senador eleito pelo Rio de Janeiro (Flávio Bolsonaro)", criticou.
Ainda segundo o petista, o presidente brasileiro foi ao evento apenas para falar de um Brasil que apenas ele têm o conhecimento. "Ele viajou a Davos, na Suíça para falar a chefes de Estado, a grandes empresários, sistema financeiro internacional e a imprensa internacional sobre um Brasil que criou apenas na sua própria cabeça", afirmou.
Humberto segue no vídeo dizendo que não entende da ida de Bolsonaro ao seminário internacional, já que a direita sempre foi contra a globalização. "A direita que Bolsonaro se filia é prontamente contra a globalização. Mas Bolsonaro vai até lá vender a ideia de que o Brasil está mudando, quando na verdade o seu objetivo é dizer aos grandes capitalistas mundiais que o Brasil está a venda", cravou.
Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostra que o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) pagou um título bancário da Caixa Econômica Federal no valor de R$ 1.016.839. O novo trecho do documento foi revelado neste sábado (19) pelo Jornal Nacional, da TV Globo.
Segundo a reportagem, o Coaf não conseguiu identificar o favorecido pelo pagamento feito pelo filho do presidente da República, Jair Bolsonaro. Também não há data e nenhum outro detalhe da transação.
De acordo com o relatório do Coaf divulgado pela TV Globo, Flávio Bolsonaro recebeu 48 depósitos de R$ 2 mil em dinheiro em sua conta pessoal no intervalo de um mês em 2017. Segundo o documento, as transações, que somaram R$ 96 mil, foram feitas no caixa eletrônico da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro entre junho e julho daquele ano.
A suspeita, segundo a reportagem, é de que funcionários do gabinete de Flávio devolviam parte dos salários, numa operação conhecida como "rachadinha". As operações na conta do senador eleito são semelhantes às feitas por Fabrício Queiroz, seu ex-assessor, que movimentou R$ 1,2 milhão em transações suspeitas entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo.