A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) disse que não deseja que o também deputado federal e presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, seja candidato à Prefeitura do Recife nas eleições de 2020. A declaração de Zambelli foi dada durante entrevista ao programa Resenha Política, da TV JC, na manhã desta sexta-feira (15), a ser questionada pelo jornalista Jamildo Melo sobre quem seria o nome do PSL para a disputa.
"A gente sabe quem não pode ser candidato. O Bivar, né?", falou a deputada afirmando não ter problemas pessoais com o deputado pernambucano.
Carla Zambelli aproveitou ainda para criticar o que ela chamou de "falta de transparência no PSL" e disse que não quer estar em uma legenda onde possa acontecer uma "bomba". "Eu não quero estar em um partido ontem tem bombas, um campo mininado, operação da Polícia Federal e laranjal", disse.
"A gente não está aqui para defender partidos. Então, se a pessoa defender tudo isso, ficar com pedra na mão, é estranho. Temos que ficar com o pé atrás". Procurado pela reportagem, a assessoria do deputado Luciano Bivar afirmou que ele não irá comentar as declarações. O PSL já havia divulgado uma nota, afirmando que "não são verdadeiras as insinuações de que o partido seria ou teria uma "caixa-preta" ou que suas contas não seriam transparente". Ainda segundo o comunicado, "o Diretório Nacional decidiu que os dados que já eram públicos e estavam disponíveis nas páginas da Justiça Eleitoral na internet também poderão ser consultados na página do PSL".
Também em entrevista ao Resenha Política, o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), herdeiro da família imperial brasileira, afirmou que não há o que comemorar neste 15 de novembro e sugeriu a revogação do feriado da Proclamação da República.
"Não há o que comemorar hoje (sexta,15). Quem sabe, quando tivermos a consciência ampla de que isso foi um golpe de estado prejudicial à estabilidade política do Brasil, a gente revogue esse feriado", falou.
Chamado de príncipe por aliados, Luiz Philippe disse ainda que os brasileiros não deveriam comemorar o 15 de novembro como uma "movimentação de consciência". "A sociedade tem que parar de celebrar o 15 de novembro. Isso seria a primeira movimentação de consciência. Quando você para de celebrar o 15 de novembro, no mínimo, já demonstra que você sabe o que é celebrado, um golpe de estado", disse o deputado.
"[Parar de comemorar a Proclamação da República] não quer dizer que você é monarquista ou não, mas que reconhece o que houve naquele momento, um golpe", completou.