A grande questão que se espera respondida durante esta quarta-feira (18) é onde termina o governo e começa o Presidente da República. As entrevistas coletivas e as reuniões marcadas para hoje talvez consigam dar uma melhor dimensão do mistério.
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Até a terça-feira (17) o que se tinha eram ministérios editando portarias para prender quem não obedecesse o isolamento, enquanto o presidente chamava tudo de histeria e planejava uma “festinha” de aniversário para sábado.
Longe de serem dois órgãos diferentes, a Presidência do País e o corpo de ministros estão dentro da mesma caixa. Bolsonaro querer ser um tipo de artífice da tranquilidade enquanto o próprio governo projeta o caos, não funciona. Principalmente quando o caos é a realidade e o presidente navega perdido.
Durante esta quarta-feira, pela primeira vez desde que o coronavírus deixou de ser a “fantasia” bolsonarista, ministros e presidente estarão falando juntos com chefes de outros poderes. Falarão a mesma língua?
Aproveitando a expressão usada pelo haitiano misterioso que, sozinho, “expulsou" Bolsonaro do cargo, todos vão falar “brasileiro”?
É uma questão importante, porque se o problema de Bolsonaro era não ser a "Rainha da Inglaterra", torna-se crucial que ele negocie e resolva os problemas do País, como em qualquer Presidencialismo.
Quando os ministros decidem tudo, baseado em reuniões com o Congresso, diretamente, enquanto o presidente fica de pijamas ou planejando festinhas, o nome do regime é Parlamentarismo.
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