O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), parece buscar uma forma de proteger o governo e, a todo momento, apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro, oferecem alguma maneira diferente.
Primeiro, Pacheco não instalou a CPI porque dizia que "não era o momento" e que o foco deveria ser a pandemia. O STF obrigou ele a instalar.
Uma vergonha, aliás, ter que levar carão pra cumprir com sua obrigação.
Agora, Pacheco manda jogar para a opinião pública, tipicamente para testar as reações externas, a teoria de que é impossível fazer CPI sem a presença física dos senadores.
É mentira.
- Renan Calheiros pode ser o presidente da CPI da covid no Senado. Se for, é má notícia para Bolsonaro
- Intenção de Bolsonaro é tumultuar, mas qual o problema de incluir governadores e prefeitos na CPI?
- Miguel Coelho destaca aproximação com outros gestores da oposição em PE. Segue articulação para 2022
- Coronavac responde por quase 84% das doses aplicadas no Brasil. Bolsonaro trabalhou contra a vacina
Antes da pandemia, julgava-se impossível realizar as votações que foram realizadas nos últimos 13 meses. E elas foram realizadas. O Senado, aliás, foi o pioneiro, entre os poderes, no desenvolvimento de um sistema que permite aos parlamentares discursar e votar em matérias importantes, onde quer que estejam.
Hoje, só vai para Brasília quem quer.
Testemunhas podem ser ouvidas virtualmente, quando não tiverem disponibilidade para viajar. Se tiverem alguma dúvida, perguntem aos ministros do Supremo.
O STF, aliás, tem tomado decisões importantes que deveriam ser tomadas pelo Legislativo, sem que os magistrados precisem estar no plenário. Não é difícil, se houver alguma disposição.