Em entrevista, no interior, o presidente do PSB estadual, Sileno Guedes, tentou levantar o nome de Geraldo Julio (PSB).
Afirmou que ele é o melhor nome do partido para a eleição de 2022.
Foi a primeira vez que um representante socialista falou abertamente sobre o assunto. Todo mundo sabe que o PSB trabalha para que Geraldo seja o candidato e todo mundo sabe que ele nega para não ser alvo de fritura.
A declaração, direta, porém, provocou os aliados.
Ouvida pela coluna, uma liderança de um partido que sempre caminhou junto ao PSB em Pernambuco fez a seguinte observação: "Já que o próprio Geraldo não sai da cadeira pra se promover no interior, alguém tinha que fazer, né?".
Outro, de um partido também aliado há anos, foi mais irônico: "Ser o melhor não é ser bom. Às vezes é o que dá pra ter. Qualquer coisa serve na hora do aperto", brincou, para em seguida repetir o que já não é novidade, sobre o ex-prefeito do Recife não ser muito querido no meio.
Para evitar esse tipo de exposição, o próprio Geraldo se apressou em falar, há algumas semanas, negando que vá ser candidato.
Ninguém acreditou nele.
Pelo visto, nem Sileno Guedes.
Problema é que não é preciso ir muito longe para perceber que impor o nome de Geraldo vai causar atritos no palanque, com um problema adicional: pouco espaço na chapa.
Só há uma vaga pro Senado, que o PT deve querer.
Convencer os aliados a ficar não será fácil.