Para bom entendedor, não precisa de explicação grande, basta olhar os sinais.
O líder da bancada do PDT em Brasília, Wolney Queiroz, desabafou no grupo de Whatsapp do partido e deixou muito claro o que parece ser uma estratégia de Ciro Gomes (PDT) para deixar a disputa pela presidência da República.
“Importante ressaltar uma coisa: a votação dessa PEC 23 era assunto predominante nos noticiários em todas as TVs, portais, blogs e jornais do Brasil. A imprensa especializada já anunciava que PDT e PSB poderiam votar a favor da PEC. Apesar disso, não recebi do presidente Ciro um telefonema, um e-mail, uma mensagem, um recado. Nada. Rigorosamente nenhuma orientação”, explicou.
Como bem disse o deputado pernambucano, Ciro Gomes sabia que o PDT iria votar a favor da PEC dos Precatórios e poderia ter tentando intervir.
Esperou que a votação se confirmasse para poder ter do que reclamar.
Buscava uma desculpa para marcar uma posição ou para "sair por cima", ao invés de enfrentar um processo eleitoral no qual não está conseguindo se destacar, apesar de muito esforço.
A votação da próxima terça-feira (9), quando a PEC deve ser apreciada em segundo turno, é que deve definir o destino de Ciro Gomes como candidato a presidente.
Ele volta à disputa se a PEC não for aprovada ou se um ou dois deputados do PDT mudarem o voto? Não está claro.
Ficou claro, sim, que Ciro incomoda o PDT mais do que empolga, atualmente.