Atualizada às 8h50 de 30/10
Neste sábado (30), a TV Jornal exibe o programa especial "Educação Pós-pandemia, Desafios e Soluções" para discutir como a educação foi afetada pela covid-19 e que medidas podem ser tomadas para diminuir os problemas provocados pela doença.
O Brasil foi o país onde as escolas permaneceram fechadas por mais tempo, ano passado, entre 35 nações analisados: 178 dias, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Durante essa semana, da última terça-feira (26) até ontem (29), o Sistema Jornal do Commercio de Comunicação realizou uma série de quatro reportagens sobre o tema. As matérias estão nos sites do JC Online, TV Jornal e Rádio Jornal.
- Educação pós-pandemia: cenário é de aumento de desigualdades e retrocesso em indicadores do ensino
- Educação pós-pandemia: o desafio de aproveitar ferramentas digitais para melhorar aprendizado e tornar rotina o ensino híbrido
- Educação pós-pandemia: mais adaptados e à vontade com o mundo digital, professores reinventam magistério
- Educação pós-pandemia: combate à evasão escolar e melhorias na aprendizagem na lista de prioridades
O programa foi ao ar às 7h, mas está também disponível na web, com apresentação da repórter Cinthia Ferreira e mediação da também repórter Margarida Azevedo. As duas jornalistas assinam a série de matérias.
Os convidados do programa são o professor emérito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Mozart Neves Ramos; o economista e gerente de Políticas Educacionais do Movimento Todos Pela Educação, Gabriel Corrêa; e Soleiman Dias, professor e diretor de relações internacionais da Chadwick International, uma escola internacional que fica na Coréia do Sul.
Há também o depoimento de três estudantes da rede pública: Maria Flor Gadelha, aluna da Escola Municipal Reitor João Alfredo, do Recife; Luiz Eduardo Nascimento, da Escola Estadual Luiz Delgado, também da capital; e Helena Garcia, da Erem Professor Ernesto Silva, de Olinda.
A série mostrou o cenário desafiador que vem pela frente, com a aumento da evasão e das lacunas de aprendizagem. Também revelou o quanto os professores se reinventaram para lecionar remotamente. E as dificuldades de alunos, com o afastamento presencial da escola, para ter acesso a internet ou equipamentos.
Ainda apresentou exemplos de países como a Inglaterra e Portugal enfrentaram a pandemia nas escolas. Além dos textos publicados no Jornal do Commercio e das matérias veiculadas na TV Jornal, a série conta com um podcast que pode ser acessado na página da Rádio Jornal.
REFLEXÕES
Somente na educação básica, a interrupção da rotina escolar atingiu quase 48 milhões de estudantes e 2,2 milhões de professores brasileiros em um universo de 179 mil colégios. Pernambuco tem cerca de 2,6 milhões de estudantes. A dois meses de acabar o ano letivo, 25% das cidades do Estado ainda não reabriram os colégios municipais.
"O risco de evasão escolar aumenta cada vez mais, a saúde mental dos estudantes tem sido muito prejudicada e os efeitos na aprendizagem são brutais", comentou Gabriel.
"A grande saída é planejamento, foco e orientação baseada na Base Nacional Comum Curricular. A compensação nas lacunas de aprendizagem pode ser feita integrando o ensino presencial com novas tecnologias", destacou Mozart.
A experiência da Coréia do Sul foi relatada por Soleiman. "O governo coreano agiu muito rapidamente, na pandemia, na preparação para as aulas online", contou o professor cearense.