Os bastidores da política nacional, com Romoaldo de Souza

Política em Brasília

Por Romoaldo de Souza
ROMOALDO DE SOUZA

Nova presidente do STJ deve contribuir com processo democrático de que tanto o país almeja

A ministra Maia Thereza é econômica nas palavras e defende que juiz só deve se pronunciar nos auto do processo

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Romoaldo de Souza

Publicado em 26/08/2022 às 8:31 | Atualizado em 26/08/2022 às 8:32
O presidente do STF, Luiz Fux, a nova presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, o presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante a cerimônia de posse do STJ - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) está sob novo comando e no discurso de posse, a presidente Maria Thereza de Assis Moura saiu em defesa da independência, do diálogo entre as instituições e da transparência.

“Para isso, independência, transparência e diálogo entre as instituições públicas se mostram essenciais.Também imprescindível e inegociável o respeito aos direitos humanos. Aliás, é papel elementar do Judiciário a proteção aos direitos e garantias postas na Lei Maior, sem exclusão de nenhum cidadão.”

É nessa toada do diálogo entre as instituições que integrantes do Poder Judiciário e membros do Congresso Nacional tentam apaziguar os ânimos um tanto quanto acirrados de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

Cerimônia de posse da nova presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

E a pergunta que não quer calar é esta: Quem dará o pontapé inicial? Sim, porque entra crise e sai crise e quase sempre esse diálogo institucional aparece como a medida possível para encurtar o caminho que tem levado à animosidade, para que seja colocado um ponto final nessas brigas que não contribuem com o processo democrático de que tanto o país almeja.

A ministra Maia Thereza tem esse perfil. Ela é econômica nas palavras, defende que o juiz só deve se pronunciar nos auto do processo e é do estilo de quem risca uma marca no chão delimitando o espaço de cada um.

Há quem diga, na praça dos Tribunais, que o STJ poderá desempenhar o papel que faltou ao presidente do STF, ministro Luiz Fux: Reunir antagônicos em torno de uma xícara de café para distensionar os conflitos existentes.

Chega em boa hora.

Pense nisso!

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