Mais de três meses após o sumiço de dezenas de armas que estavam sob a responsabilidade da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), órgão ligado à Polícia Civil, as investigações do caso seguem sem resposta. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) confirmou, nessa terça-feira (13), que está acompanhando o caso.
Em nota enviada à coluna, a assessoria do MPPE afirmou que "acompanha as investigações da polícia, que está sob sigilo". Disse ainda que "aguarda a chegada do inquérito para análise" e que só depois disso deverá se manifestar.
A Polícia Civil mantém mistério sobre quantas armas foram levadas. Mas, fontes ouvidas pela coluna, confirmaram que dezenas de armas - de vários calibres - não foram encontradas durante uma auditoria interna/inventário, que teve início em outubro do ano passado. O número pode chegar a 280 armas. "Não é possível fornecer informações, pois as investigações seguem sob segredo de Justiça", informou a assessoria da Polícia Civil.
Por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), foi feito um pedido de informação sobre a quantidade de armas que, de fato, não foram encontradas nas dependências da CORE. Mas o pedido foi negado pela chefia da Polícia Civil.
O inquérito policial para esclarecer o sumiço está sendo conduzido por dois delegados. Em paralelo, a Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS) também apura se servidores públicos estão envolvidos no extravio do armamento.