Pernambuco ultrapassa 35 mil casos de coronavírus e se aproxima de 3 mil mortes por covid-19

Nesta terça-feira (2), o Estado confirmou 608 novos casos de coronavírus e mais 58 mortes
Bruna Oliveira
Cinthya Leite
Publicado em 02/06/2020 às 11:30
A doença já matou milhões de pessoas no mundo inteiro Foto: AMAZÔNIA REAL


Um dia após o Governo de Pernambuco detalhar como será feito o plano de retomada dos setores da economia, o Estado confirmou, nesta terça-feira (2), 608 novos casos de coronavírus e mais 58 mortes em decorrência da covid-19. Diante disto, Pernambuco agora totaliza 35.508 pessoas infectadas pela doença e 2.933 óbitos desde o início da pandemia que atualmente tem a América Latina como epicentro.

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De acordo com Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), entre os novos casos, 262 se enquadram como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), que é quando os pacientes foram internados e/ou tiveram quadros mais graves, e 346 casos são considerados casos leves. Com relação ao número total de casos, 14.797 são graves e 20.711 leves. Os detalhes epidemiológicos, como datas em que as mortes aconteceram e idades das vítimas, serão repassados pela SES-PE ao longo dia.

Diminuição da fila por leito de UTI 

Em coletiva de imprensa nessa segunda-feira (1º), o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, anunciou a diminuição no tamanho da lista de pacientes (com suspeita de infecção pelo novo coronavírus ou que já tenham diagnóstico confirmado da doença) que aguardam uma vaga de unidade de terapia intensiva (UTI). "Não temos mais fila de enfermaria; zeramos há alguns dias. Já sobre os leitos de UTI, esse número (de pessoas em espera) está inferior a 60 pacientes. Mas isso não nos permite relaxar", disse o secretário, que acrescentou que essa fila de espera por UTI já chegou a ter 300 pacientes - número alcançado há cerca de um mês, quando o Estado estava em franca aceleração da curva epidêmica.

"Temos tido, na última semana, o menor estresse no sistema de saúde (do Estado) que nos vimos desde a aceleração da epidemia. Chegamos a ter um número perto de 300 (pacientes) aguardando um leito de UTI", destacou Longo. Ele destacou que a queda no número de pessoas que esperam por uma vaga de terapia intensiva é justificada por dois motivos: pela estabilidade no número de casos de srag ao longo das últimas semanas e pela ampliação da capacidade instalada de leitos de UTI.

Atualmente, segundo o painel da Central Estadual de Regulação Hospitalar, estão ocupados 97% das 672 vagas de UTI da rede pública de Pernambuco. Já 70% dos 827 leitos de enfermaria permanecem com pacientes.

Plano de retomada dos setores da economia

Com o fim do lockdown nos municípios do Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e São Lourenço da Mata nesse domingo (31), o Governo de Pernambuco detalhou, nessa segunda-feira, como será feito o plano de retomada dos setores da economia do Estado. O primeiro decreto para fechamento do comércio e atividades não essenciais editado pelo poder público no dia 20 de março, com o objetivo de impedir a disseminação do novo coronavírus.

Veja como será feita a reabertura

O plano de reabertura das atividades econômicas em Pernambuco contemplará ao todo 11 etapas até atingir toda a cadeia produtiva do Estado. A partir de hoje (1º), continuam a funcionar as atividades consideradas essenciais que já estavam permitidas desde o início da pandemia do novo coronavírus até a implementação do lockdown, findado no último domingo (31). O governo só tem planejamento com datas para flexibilização até o dia 15 de junho, e, ainda assim, dependendo da evolução dos casos de covid-19 no Estado.

Na próxima segunda-feira (8), a construção civil e o comércio atacadista estarão liberados a operar. A construção terá restrição de 50% da capacidade e horário fixo de funcionamento, das 9h às 18h, na Região Metropolitana do Recife. No caso do interior do Estado, há restrição do número de trabalhadores, mas sem limites de horário. O comércio atacadista também deverá funcionar das 9h às 18h.

O plano de flexibilização é a quarta fase das medidas adotadas pelo Estado durante a pandemia do novo coronavírus. Essa fase, denominada como plano de convivência, está dividida em 11 etapas que vão garantindo a flexibilização das atividades econômicas. Partindo da fase 4, o objetivo é chegar até a fase 1, avançando gradativamente.

Após o dia oito, a única data informada pelo governo para avançar mais uma etapa foi o dia 15 de junho, permitindo a abertura de pequenas lojas de bairro (200 m²), salões de beleza e serviços de estética, com novas regras e protocolos, sem fila de espera, com agendamento e atendimento de um cliente por vez mediante higienização dos espaços.

Ainda no dia 15, o governo pretende liberar nos shoppings centers a retirada de compras no local, sempre das 12h às 18h além dos serviços de Delivery que já estão liberados. 12h e 18h. Espera-se, nessa data também, a permissão de retorno dos treinos para os times de futebol.

Após o dia 15, o governo não trabalha mais com datas específicas. A próxima etapa, mesmo assim, seria a liberação de serviços médicos odontológicos com regras e protocolos específicos, além de liberação da capacidade total da construção civil e venda de veículos.

A partir daí, o governo partiria para a fase de número 3, para a qual ainda também não tem datas específicas. Ao todo, as fases contemplam 11 etapas até abranger 100% das atividades econômicas retomadas. Caso ocorra uma nova onda da epidemia, ou mesmo um recuo nesta estabilização, o governo poderá voltar a adotar medidas restritivas mais rígidas, além das que continuam vigentes.

"As etapas estão programadas, equilibrando as cargas de funcionamento e os reflexos na saúde e curvas de contaminação. A mudança de fase será baseada conforme indicadores de saúde, numa avaliação semanal", explica o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach.

A fase 3 contempla serviços de escritório, comércio do Centro e shoppings centers, além de serviços como bares, restaurantes e lanchonetes com até 50% da capacidade.

Já na fase 2, o governo pretende avançar a flexibilização para academias (50% da capacidade); além de museus cinemas e teatros, com 1/3 da capacidade.

Quando alcançado o nível 1, apenas deverá haver restrições para eventos esportivos (restrição da capacidade de público). As demais atividades já voltariam num novo normal, seguindo novos protocolos de funcionamento.

"A gente precisa trabalhar com novos protocolos. É um geral para todas as atividades em funcionamento, observando distanciamento social, higiene, monitoramento e comunicação, além de específicos para alguns setores", observa o secretário de Planejamento do Estado, Alexandre Rebelo.

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