Após denúncias de simulações de aplicações de vacina surgirem nos noticiários pelo Brasil, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), da 30ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa da Capital, recomendou à Secretaria de Saúde do Recife, na última sexta-feira (26), a instituição de um protocolo para o momento da imunização.
Para assegurar que a aplicação foi efetuada, os profissionais de saúde devem apresentar a seringa contendo o líquido da vacina à pessoa idosa e a seus eventuais acompanhantes, bem como, após a aplicação, apresentar a seringa sem o líquido.
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Segundo o MPPE, a medida visa tanto à "necessidade de garantir a saúde das pessoas idosas, quanto à necessidade de garantir o respeito e a segurança dos profissionais da saúde da linha de frente que vêm se dedicando ao combate da Covid-19 com desvelo e sobrecarga."
A 30ª promotora de Justiça de Defesa do Idoso da Capital, Luciana Dantas, deu o prazo de 10 dias para que a Secretaria de Saúde do Recife informe à Promotoria sobre as medidas adotadas.
A reportagem do JC entrou em contato com a Prefeitura do Recife para saber se a recomendação foi acatada, ou quando será, e atualizará esta matéria assim que receber uma resposta. De antemão, a Secretaria de Saúde do Recife afirmou que nenhuma denúncia de simulação de aplicação de vacina foi recebida até esta segunda-feira (1º).
Balanço de vacinação
Até agora, a cidade recebeu 115.236 doses da CoronaVac, vacina produzida em parceria com o laboratório chinês SinoVac e o Instituto Butantan, e 33.830 da AstraZeneca. Ambos os imunizantes precisam ser aplicados duas vezes em cada pessoa, em períodos de tempo diferentes. A CoronaVac após 21 dias, e a AstraZeneca após três meses.
Até esse domingo (28), já tinham sido aplicadas 102.364 doses das vacinas. Um total de 17.422 pessoas já tinham sido imunizadas com a segunda dose.