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Saúde e Bem-estar

Por Cinthya Leite e equipe
CAMPANHA

Pernambuco convoca grávidas e puérperas para vacinação contra covid-19 após orientação do Ministério da Saúde

O chamado acontece um dia após o Ministério da Saúde (MS) emitir nota técnica expandindo a imunização também para as que não têm comorbidades. Até agora, cerca de 50% do grupo prioritário foi imunizado com a primeira dose no Estado

Cadastrado por

Katarina Moraes

Publicado em 07/07/2021 às 15:12 | Atualizado em 07/07/2021 às 17:08
Somente no primeiro semestre de 2021, o Estado já notificou 104 casos graves do novo coronavírus nas grávidas - PIXABAY

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) lança, nesta quarta-feira (7), uma campanha para conscientizar a população pernambucana sobre a importância da vacinação contra a covid-19 em grávidas - condição de risco para a doença. O chamado acontece um dia após o Ministério da Saúde (MS) emitir nota técnica expandindo a imunização também para as que não têm comorbidades - o que já era feito no Estado. Até agora, 58.261 grávidas, cerca de 50% do grupo prioritário, foram imunizadas com a primeira dose em Pernambuco, que já disponibilizou o imunizante para todas as suas 116 mil gestantes.

Em todo ano de 2020, a SES-PE registrou 105 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por covid-19 em gestantes de Pernambuco. Somente no primeiro semestre de 2021, o Estado já notificou 104 casos graves do novo coronavírus nas grávidas.

"Os números e estudos científicos apontam que as gestantes, independente de terem ou não comorbidades, são grupo de risco para agravamento da  covid. Por isso, a vacinação é essencial para proteger nossas grávidas e puérperas. Aqui, vacinamos o grupo com o imunizante da Pfizer, uma vacina segura e eficaz, utilizada em vários países do mundo. Então, fica o nosso apelo para que as gestantes e as puérperas procurem a vacinação e que os municípios também façam busca ativa dessas mulheres. A covid-19 mata. Já a vacina salva vidas”, alerta o secretário estadual de Saúde, André Longo.

No final de abril, a vacinação de gestantes e puérperas com comorbidades em Pernambuco foi feita com remessas de doses da Astrazeneca enviadas pelo Ministério. No entanto, no dia 10 de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu o uso do imunizante no grupo. Desde então, apenas doses da Pfizer são aplicadas nas grávidas do Estado.

“Com a suspensão da Anvisa, em 10 de maio, do uso do imunizante da AstraZeneca em gestantes, Pernambuco, numa ação pioneira, decidiu, já em 12 de maio, descentralizar as vacinas da Pfizer para todo o Estado, contemplando as gestantes e puérperas com ou sem comorbidades. Essa iniciativa, que teve o parecer positivo do Comitê Técnico, foi fundamental para avançar na proteção desse público”, relembra o secretário estadual de Saúde, André Longo.

A superintendente de Imunizações da SES-PE, Ana Catarina de Melo, reitera que o imunizante da Pfizer têm sido utilizado fortemente na vacinação desse grupo prioritário, ratificando a eficácia da vacina. “A vacina da Pfizer é segura e eficaz para esse grupo. Vários países no mundo já têm utilizado o imunizante, protegendo suas grávidas e puérperas durante a pandemia. Entendemos que esta é a melhor estratégia, neste momento, para garantirmos a redução da mortalidade materna por Covid em todo o Estado”, ressalta.

A pedagoga Poliana Evas, 33 anos, aguarda a chegada do primogênito Bento e garantiu a sua primeira dose da vacina da Pfizer ainda no mês de maio. “A gestação em si já traz insegurança. E estar gerando uma nova vida no meio de uma pandemia é ainda mais inseguro. Ter me vacinado foi uma comemoração não apenas para mim, mas para toda a nossa família, que agora sente mais segurança no transcorrer da gravidez”, conta.

Assim como outras gestantes, Poliana tem notado o receio de algumas grávidas sobre a segurança das vacinas, mas um fator foi fundamental na escolha pela imunização. “Eu tenho ouvido algumas pessoas falarem do medo de tomar a vacina. Mas o que eu senti, e o que eu imagino que outras mulheres devam sentir também, é um medo maior de ser contaminada com o novo coronavírus e contaminar o nosso bebê. Então, para mim, vacinar-se é um ato de amor, por mim e pelo meu filho”, defende.

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