Fechados há meses por conta do agravamento da pandemia de covid-19, os espaços culturais voltarão a funcionar ainda em junho, em Pernambuco. De acordo com o novo plano de flexibilização das atividades econômicas e sociais divulgado pelo Governo do Estado nesta quinta-feira (17), teatros, cinemas e museus podem reabrir, mas com restrições. As medidas começam a valer já nesta segunda-feira, 21 de junho.
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De acordo com o plano, na Região Metropolitana do Recife, na Zona da Mata, no Agreste, cinemas, teatros e circos podem receber até 100 pessoas ou 30% da capacidade total de seus espaços (o que for menor) e o funcionamento só pode ocorrer até as 22h, nos dias de semana, e até as 21h, nos fins de semana. No Sertão, estes números são reduzidos para 100 pessoas por equipamento e as exibições só podem ocorrer até as 18h.
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Quanto aos museus e demais equipamentos culturais, só será permitido um visitante a cada 20m² das áreas expositivas internas e um visitante a cada 10m² nas áreas externas. Com exceção do Sertão, onde o horário máximo de funcionamento é às 18h, nos demais locais é possível visitar os equipamentos até as 22h, nos dias de semana, e às 21h, nos fins de semana e feriados.
Anteriormente, os espaços culturais tinham sido reabertos no final de setembro de 2020, mas poucos meses depois foram fechados por conta do aumento dos casos de covid-19 em Pernambuco. O setor cultural foi um dos mais afetados pela pandemia e muitas das atividades de artistas de artes cênicas foram adaptadas para o ambiente virtual, como uma forma de tentar minimizar os impactos causados pelo fechamento dos espaços.
Algumas medidas também foram voltadas para o socorro do setor, como a Lei Aldir Blanc, que destinou recursos do Fundo Nacional de Cultura para o auxílio emergencial de trabalhadores da cultura e para o fomento de produções artísticas.
Programações
De acordo com Romildo Moreira, gestor do Teatro Santa Isabel, a prioridade no momento é atender à grande demanda dos espetáculos locais, sem expectativa de receber o público. São trabalhos de teatro, dança, música e circo que precisam gravar suas programações para comprovar a execução dos projetos que receberam o fomento.
Além disso, a própria estrutura de circulação dos espetáculos a nível nacional está incerta, já que muitas produções contam com equipes vastas e, por isso, ainda se torna complicada a mobilidade, com segurança, dos artistas, técnicos e todos os envolvidos na cadeia cultural.
O Cinema da Fundação, que tem unidades no Derby e em Casa Forte, também não reabrirá de imediato. As diretrizes para receber o público e sobre a programação devem ser decididas em breve.