A Rússia registrou sua segunda vacina contra o coronavírus, uma etapa que no país precede a fase final de testes clínicos, anunciou nesta quarta-feira (14) o presidente Vladimir Putin, enquanto o número de infecções diárias bateu um novo recorde.
O laboratório Vektor, na Sibéria, "registrou hoje a segunda vacina contra o coronavírus, chamada EpiVacCorona", disse Putin em uma reunião ministerial por videoconferência. De acordo com a vice-primeira-ministra russa responsável pela saúde, Tatiana Golikova, a vacina tem um "nível de segurança suficientemente alto". "A vacina irá agora para a fase final de testes, que envolverá 40.000 voluntários", acrescentou ela.
O laboratório Vektor, localizado na região de Novosibirsk, conduziu pesquisas secretas sobre armas biológicas durante o período soviético e contém amostras de vários vírus, desde a varíola até o ebola.
A Rússia registrou em agosto sua primeira vacina contra o coronavírus. A imunização foi desenvolvida pelo centro de pesquisas Gamaleia junto ao ministério da Defesa.
A primeira vacina russa contra o coronavírus, a Sputnik V, em referência ao satélite soviético, foi vista com ceticismo no mundo, principalmente porque não havia chegado à fase final dos testes no momento de seu anúncio com grande pompa pelas autoridades.
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No entanto, grande parte da elite política russa afirma que foi vacinada com a Sputnik V, e Vladimir Putin citou o exemplo de uma de suas filhas. O governo espera distribuí-la em massa no país antes do final do ano.
A Rússia experimenta um grande ressurgimento da epidemia nas últimas semanas, com 14.231 novos casos em 24 horas anunciados nesta quarta-feira, um recorde desde o início da crise.
Na terça-feira, o país registrou um número recorde de mortos, de 244, em 24 horas.