Após vistoria, prefeitura decidirá destino de prédio que desabou parcialmente no Janga

Defesa Civil realizou uma vistoria neste domingo. Deve voltar a analisar a estrutura do imóvel na segunda, quando decidirá se será preciso demolir o que restou dele
JC
Publicado em 13/12/2020 às 16:17
RISCO Prédio no Janga passará por avaliação e poderá ser demolido Foto: DIVULGAÇÃO/DEFESA CIVIL PAULISTA


O Edifício Francisca Capozolly, localizado no Janga, que desabou parcialmente na tarde de sábado, passou por uma nova vistoria, na manhã deste domingo, realizada pela Defesa Civil de Paulista (Grande Recife). Segundo o coordenador do órgão, Laurindo Venceslau Neto, a estrutura do edifício está estável, porém ainda há risco eminente de desabar. Nesta segunda-feira (14) está prevista uma outra vistoria e a conclusão do relatório técnico sobre a situação do prédio. É quando também a prefeitura deve decidir o que será feito dele. Uma das possibilidades é a demolição completa. Apesar do estrago, não houve feridos no acidente porque as três famílias que viviam no imóvel tinham deixado o local na sexta-feira.

O prédio, construído há cerca de 20 anos, é do tipo caixão, com dois apartamentos no térreo e dois no primeiro andar (um deles estava vazio). O apartamento de cima, situado na parte da frente, caiu em cima do que fica abaixo dele. "Estivemos com técnicos e engenheiros no prédio, hoje (domingo) de manhã, para verificar se houve alteração. Identificamos que a estrutura está estável, mas existe o risco eminente de desabar por completo. O local permanece interditado. As três famílias que moram no prédio tiraram apenas documento e poucos pertences, na sexta-feira de manhã, quando fomos acionados e após a vistoria, decidimos pela desocupação imediata", explica Laurindo.

Por precaução, a Defesa Civil decidiu ontem também que sete famílias que residem no prédio vizinho ao Francisca Capozolly devem ficar temporariamente fora de suas casas. "Pelo menos até segunda-feira, quando faremos uma nova avaliação", informa o coordenador da Defesa Civil. No edifício que caiu, segundo Laurindo, há problemas na base e diversas rachaduras nos dois imóveis que caíram. "Identificamos rachaduras na cozinha, na sala, nos quartos. Provavelmente houve falha na manutenção", afirmou Laurindo. Ele ressalta que não cabe à prefeitura a elaboração do laudo sobre o acidente. "Os moradores têm que contratar uma empresa para fazer isso", informou.

O desabamento ocorreu por volta das 14h de sábado. Corpo de Bombeiros, Celpe e Defesa Civil estiveram no local. Um dos moradores, Amaury Veras, em entrevista à TV Jornal, neste domingo, disse que só teve tempo de retirar documentos da família. Contou ainda que a estrutura do prédio, que não possui seguro, não havia apresentado sinais de desgaste. As três famílias perceberam que havia algo errado na madrugada da sexta, por volta das 5h, quando acionaram a Defesa Civil, que chegou logo em seguida e os mandou sair imediatamente do edifício.

Caberá ao secretário de Segurança Cidadã e Defesa Civil de Paulista, Manoel Alencar,  avaliar o futuro do prédio, nesta segunda-feira, após a conclusão do relatório técnico. Os moradores contrataram um vigilante para fazer a segurança do prédio e assim evitar roubo dos pertences. A Guarda Municipal de Paulista está realizando rondas no local.

 

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