Durante entrevista coletiva para tratar dos protocolos de proteção à covid-19 em Pernambuco, o secretário estadual de Saúde, André Longo, reforçou que segue valendo o decreto estadual que prevê a exigência de vacinação completa ou teste negativo de coronavírus para frequentadores de celebrações religiosas com mais de 300 pessoas em Pernambuco.
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"O decreto está em vigor, vale para todas as situações acima de 300 pessoas e não há, nesse momento, nenhum recuo por parte do governo. O que nós temos é que pode ser possível novos avanços a partir de novembro e falo de todos os setores. Mas, nesse momento, não há nenhuma previsão de alteração nesta situação de exigência do passaporte vacinal para eventos com mais de 300 pessoas", disse Longo.
Na última semana, o deputado estadual Adalto Santos (PSB) chegou a divulgar que a determinação havia sido revogada pelo Executivo estadual, mas a gestão estadual disse que não houve nenhum recuo e que a informação do parlamentar estava incorreta. "Nós trabalhamos junto com a bancada evangélica da Alepe e com a secretaria para que a situação fosse revista, até porque vinha de encontro com o que a população desejava. Então o Governo do Estado foi sensível ao pedido, entrou em contato conosco e disse que o decreto feito não seria colocado em prática, liberando assim as igrejas do passaporte e desse teste negativo de covid, até porque é uma situação que não tem como ser controlada", declarou o parlamentar governista, em entrevista à TV Tribuna.
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Ao JC, a Secretaria de Imprensa do Estado já havia afirmado que "não houve mudança" nas determinações divulgadas anteriormente pela gestão. No dia 6, uma portaria publicada no Diário Oficial regulamentou o novo decreto com as regras de funcionamento das atividades econômicas e sociais do Estado, mas não incluiu as celebrações religiosas no texto. Mesmo assim, segundo André Longo, a exigência está mantida.
Desde que a exigência de vacinação e teste negativo de convid-19 para cultos ou missas com mais de 300 pessoas foi anunciado, houve uma forte reação de políticos ligados a segmentos religiosos. Houve, inclusive, partidos e parlamentares que acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para tentar barrar a norma.