Uma pousada em Fernando de Noronha foi interditada pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), nesta quinta-feira (23), porque seus responsáveis não tomaram a vacina contra covid-19. A recusa à imunização desrespeita os protocolos sanitários para atendimento aos turistas.
Em nota, a administração da ilha explicou que a Apevisa esteve no Flat Baía do Sancho após receber denúncias, e notificou o estabelecimento comercial, dando 10 dias para regularização. Como os responsáveis continuaram recusando a vacina, o órgão “emitiu um laudo técnico atestando risco eminente à saúde pública e determinando a suspensão das atividades”.
“Considerando que o serviço de hospedagem (pousadas, hotéis e similares) constitui atividade de contato direto com pessoas, exige de todos que circulam no ambiente, incluindo colaboradores, administradores e hóspedes, dentre outros, vacinação completa”, consta nas considerações do parecer técnico de interdição da Apevisa.
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Em vídeo que circula nas redes sociais mostrando o momento da interdição, um homem que aparenta ser o proprietário da pousada diz que a suspensão das atividades é uma arbitrariedade do Governo de Pernambuco. “Tenho certeza que em lugar nenhum do Brasil se interdita um estabelecimento por falta de vacinação. O lockdown já passou, fecharam tudo. Agora, estão tão fechando a nossa residência também. Isso aqui faz parte da nossa casa”, diz o senhor no vídeo.
A administração da ilha afirma que a interdição foi de um estabelecimento comercial, e não de uma residência. “O protocolo para o turismo vale para todos e visa garantir a segurança de moradores e visitantes. Assim sendo, todas as medidas serão tomadas para que os protocolos sanitários sejam cumpridos”, destaca a nota.
Ao compartilhar no Twitter as imagens da interdição, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles criticou a ação do Estado. “Inadmissível! Isso é coisa de comunista vagabundo, tipo Cuba ou Venezuela mas… é Fernando de Noronha/ Pernambuco… Território de um Estado comandado pelos fãs de Fidel Castro e Maduro…”, escreveu.
A reportagem do JC tentou entrar em contato com a organização do estabelecimento, mas não houve retorno até a conclusão desta matéria.