Investigado por contratação irregular da mãe do menino Miguel, Sérgio Hacker vai disputar reeleição em Tamandaré

O prefeito reuniu PSB, PSD, Solidariedade e Patriota em torno de sua reeleição no município
JC
Publicado em 17/09/2020 às 15:25
TAMANDARÉ Ex-prefeito responde a ações por contratações no município Foto: DIVULGAÇÃO


Em meio ao inquérito contra sua esposa, Sarí Côrte Real - indiciada por abandono de incapaz, seguido de morte no caso do menino Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos - e às investigações de irregularidades na Prefeitura de Tamandaré, o prefeito do município, Sérgio Hacker (PSB), teve sua candidatura à reeleição oficializada durante convenção, nessa quarta-feira (16).

A coligação “Tamandaré – Trabalho que Transforma” reúne PSB, PSD, Solidariedade e Patriota. O evento contou com a participação dos 66 candidatos a vereador, o candidato a vice-prefeito Nino; além do ex-prefeito da cidade, Hildo Hacker. 

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Durante o evento, Sérgio destacou seu governo e disse que não pode deixar a cidade "retroceder". "Tamandaré vem se destacando em todas as áreas, como educação, que recebeu um prêmio da Unesco e recentemente ficou com média 5.3 no IDEB. Já na área do Turismo, Tamandaré foi reconhecido como um dos destinos favoritos para quem busca belas praias, e todo esse trabalho foi reconhecido”, disse.

Investigação

A gestão de Hacker em Tamandaré é investigada pelos crimes de desvio de serviços públicos e associação criminosa dentro da Operação Espectro. A investigação foi iniciada em junho de 2020 e corre em segredo de justiça. De acordo com a assessoria da Polícia Civil, uma liminar impede a divulgação de informações. A Justiça determinou o bloqueio de parte dos bens do prefeito. Mandados de busca chegaram a ser cumpridos na residência dele, que se disse "perplexo" no dia da operação.

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Hacker ainda foi alvo de uma denúncia de improbidade administrativa e um pedido de impeachment, que acabaram não sendo aprovados pela Câmara de Vereadores de Tamandaré. As ações destacavam que a mãe de Miguel, Mirtes Renata Santana da Silva, e a avó, Marta Maria Santana da Silva, estavam registradas como funcionárias do município, mesmo trabalhando no apartamento de hacker no Recife.

De acordo com depoimentos prestados no Departamento dede Repressão Ao Crime Organizado (Draco), da Polícia Civil, a mãe e a avó de Miguel assinaram contratos com a Prefeitura a pedido da primeira-dama do município.

Os depoimentos constam no inquérito policial que apura o esquema de funcionários fantasmas na prefeitura, descoberto após a morte de Miguel, que caiu do 9º andar do condomínio de luxo Pier Maurício de Nassau na área central do Recife, em 02 de junho deste ano. Sarí, que deixou o menino sozinho no elevador do edifício pouco tempo antes de sua morte, pode ser condenada a uma pena de quatro a 12 anos de prisão. Não há data para o julgamento.

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