Com informações da repórter Luisa Farias
O deputado estadual e candidato a prefeito do Recife coronel Alberto Feitosa (PSC), que teve a sua candidatura oficializada na quarta-feira (16), anunciou que não usará recursos do Fundo Eleitoral "assim como fez o presidente Bolsonaro". No início da pandemia do coronavírus, Feitosa chegou a defender que a verba fosse totalmente repassada para a saúde.
Ao anunciar que não usará os recursos do Fundo Eleitoral, o cristão atiçou os outros postulantes ao maior cargo da Prefeitura do Recife, "aproveito para desafiar os outros candidatos a fazerem o mesmo".
Ao JC, o candidato explicou que financiará a campanha com doações e recursos próprios, "vou usar o mínimo necessário" e usou de exemplo a atitude feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na sua campanha em 2018, que não usou a verba do recurso. "O presidente Bolsonaro usou e chegou até a devolver para a Santa Casa de Misericórdia em Juiz de Fora. Vou procurar fazer exatamente o que o presidente fez, fazer com que haja uma mobilização e dela surja uma candidatura", ele falou ter arcado com os custos da convenção partidária com uma doação para o partido com cheque no próprio CPF.
>> Pastor Wellington Carneiro, do Patriota, será o vice de Alberto Feitosa na eleição do Recife
"Será assim que vou fazer minha campanha, tentar conquistar, sensibilizar o eleitor, que essa deve ser a tônica da campanha. Inclusive, fui o primeiro político em março a propor que todo o Fundo Eleitoral fosse doado para o SUS", ressaltou o deputado.
>> Com fim das convenções, veja os candidatos a prefeito do Recife nas eleições 2020
Questionado sobre a verba destinada ao candidato a vice pastor Wellington Carneiro (Patriota) que compõe a chapa junto com ele, Feitosa, em defesa, afirmou "o vice é um CNPJ". "Estou me responsabilizando por Alberto Feitosa, candidato a prefeito. Até porque também houve prestações diferentes do Mourão para Bolsonaro. Pelo o que estamos analisando, a gente está vendo que é o Sansão contra Golias, e já que a gente tenta colocar o que vai valer o debate, a desenvoltura, experiência, isso não pode ser apagado por uma forte utilização de meios de mídia, propagandas, de movimentações milionárias, como a gente já pode observar como alguns fizeram as suas convenções", alfinetou.
>> Com o fim do prazo das convenções partidárias, corrida pelas prefeituras se define
"Aquelas pessoas que dizem se alinhas com o presidente, tem que ter a postura dele sob o ponto de vista da forma de fazer campanha. Não adianta ser bolsonarista naquilo que convém, porque o presidente está crescendo nas pesquisas. Fui bolsonarista no primeiro turno, para entregar a reforma da Previdência quando teve a crise de Moro, de hidroxicloroquina, do direito do cidadão se armar. Estou propondo que seja no Brasil, o povo no Recife tornando o recife Verde Amarelo. Na minha campanha não terá dinheiro público. Essa é a frase mais forte". Feitosa já havia afirmado haver uma "identidade natural" entre ele e o presidente Bolsonaro.