O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), usou as redes sociais na noite desta terça-feira (23) para comemorar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito do ex-juiz federal Sergio Moro. Por 3 votos a 2, nesta terça-feira (23), a Segunda Turma da Corte considerou que Moro foi parcial ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na ação do triplex do Guarujá.
- Com revisão de voto de Cármem Lúcia, STF decide que Moro foi parcial contra Lula
- Humberto Costa comemora decisão do STF de declarar Moro parcial contra Lula
- 'Decisão muito ruim para o país', diz Mendonça Filho sobre suspeição de Moro
- "Histórica e revigorante", diz defesa de Lula sobre decisão do STF a respeito de Moro
O socialista afirmou que, a decisão do STF "reforça a imparcialidade da Justiça como pitar do Estado Democrático de Direito e de uma nação soberana".
- Nunes Marques: conversas hackeadas não podem ser provas no caso Lula x Moro
- A conveniência e o senso de oportunidade na suspeição de Sergio Moro
- Com decisão sobre Moro, Lira diz que STF fez 'revisão histórica' da Lava Jato
- Entenda as consequências do julgamento que declarou Sergio Moro parcial contra Lula
- Políticos pernambucanos se dividem sobre decisão do STF de considerar Moro parcial ao julgar Lula
Os votos
A ministra Cármen Lúcia modificou o voto que deu em 2018, quando o julgamento foi iniciado, e passou a considerar o ex-magistrado parcial no caso. Com a mudança, três ministros da Segunda Turma da corte (Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowiski e Carmém Lúcia) deram razão à defesa de Lula, e dois (Nunes Marques e Edson Fachin) foram contra os argumentos dos advogados do ex-presidente.
No último dia 9, Nunes Marques, que era o único ministro que ainda não havia proferido seu voto, pediu mais tempo para analisar o processo. Nesta tarde, no entanto, o julgamento foi retomado e poderia ter sido encerrado já com o voto do magistrado remanescente, mas Cármem Lúcia decidiu reapresentar o seu voto, informando que havia mudado a sua interpretação sobre o caso, fato que favorece Lula.
De acordo com a ministra, houve "espetacularização" do caso e "comportamentos inadequados que suscitam portanto a parcialidade" de Moro.
Durante o seu voto, o ministro Nunes Marques afirmou que o uso de provas obtidas de forma ilícita em processos penais seria um "incentivo enorme ao crime", referindo-se às mensagens divulgadas a partir de hackers e atribuídas a Moro e a integrantes da força-tarefa em Curitiba. As mensagens foram usadas pela defesa de Lula para justificar o pedido de suspeição do ex-juiz.