A reforma ministerial que o presidente Jair Bolsonaro realizou nessa segunda-feira (29) deve melhorar a relação do governo com o Congresso Nacional, avaliou o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB). Na visão do pernambucano, a agenda de reformas, como a administrativa e a tributária, precisa andar.
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"Com essa reforma ministerial, o presidente consegue mais apoio para a agenda de reformas no Congresso, destaco a presença na Secretaria de Governo da deputada Flávia Arruda (PL-DF), com isso o presidente consegue mais apoio dos partidos denominados como centrão, dando musculatura para acelerar matérias pendentes de apreciação, como a reforma administrativa, a reforma tributária e uma série de matérias, como a lei de cabotagem, o marco do setor elétrico, o marco das ferrovias. Então, o primeiro destaque que faço é a ampliação do apoio político no Congresso para poder avançar a agenda de reformas importantes para a retomada da economia", comentou Fernando Bezerra, em entrevista à Rádio Jornal.
Sobre a saída específica de Ernesto Araújo, Fernando destacou que ele se inviabilizou com posicionamentos críticos a parceiros comerciais brasileiros e pelo confronto "desnecessário com o Senado". O presidente percebendo a inviabilidade de Ernesto Araújo, decidiu ampliar a reforma, que todos aguardavam. Na mexida que fez na Justiça, com um delegado, ele reforça seu apoio junto aos representantes da segurança pública, a chamada bancada da bala", completou.
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Radicalismo
Durante a entrevista, o senador foi questionado sobre ameaças a governadores e sobre uma publicação da deputada Bia Kicis (PSL-DF), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e aliada de Bolsonaro, que apagou um post em que dizia que o policial militar que atirou contra policiais militares na região do Farol da Barra, em Salvador, foi morto por se recusar a "prender trabalhadores".
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Sobre o caso, Fernando disse que condena condena "qualquer forma de radicalismo político". "A própria Bia, percebendo erro, retirou o post. Não podemos compactuar com qualquer ameaça à vida de agentes públicos, não é bom para democracia e para a civilidade", comentou.
FBC aproveitou a oportunidade para defender o presidente Jair Bolsonaro. "Agora, é importante que as críticas não sejam feitas só ao campo político do presidente, que vem sendo atacado, agredido com palavras. É só ir nas assembleias legislativas e ver a forma como parlamentares se referem à atuação do presidente. A palavra genocida passou a ser comum, é uma palavra muito imprópria, agressiva, para se tratar. Acho que o radicalismo está dos dois lados da seara política. Precisamos coibir e combater tanto um lado quanto o outro, existem erros, mas radicalizações são desnecessárias, não contribuem para o entendimento e união nacional para dar resposta a esse momento de grave de pandemia", concluiu.