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Mourão diz que marca de 500 mil mortos por covid é 'retrato da desigualdade'

"Tem muita gente que tem tratamento melhor, tem gente que não consegue chegar ao hospital. É consequência da situação que a gente vive. Temos que corrigir", disse o vice-presidente

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Estadão Conteúdo

Publicado em 21/06/2021 às 15:49
Mourão minimizou a fala de Bolsonaro e se irritou com jornalistas que o questionaram sobre o assunto - FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou, nesta segunda-feira, 21, que a marca de 500 mil mortos pela covid-19 é o "retrato da desigualdade socioeconômica" do Brasil. "Tem muita gente que tem tratamento melhor, tem gente que não consegue chegar ao hospital. É consequência da situação que a gente vive. Temos que corrigir", disse.
Questionado sobre a possibilidade de o atraso da imunização em massa ter agravado o quadro e causado mais óbitos, defendeu o governo. "Nossa vacinação está de acordo com o restante do mundo, excetuando os Estados Unidos e países pequenos, como Israel e Chile."
Ele citou o tamanho da população do Brasil como entrave à aplicação mais ágil dos imunizantes. "Vacinar 10 mil pessoas é uma coisa, ter que vacinar 10 milhões é outra".
O vice-presidente também criticou manifestantes que foram às ruas no último domingo protestar contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a quem atribuem responsabilidade pelas mortes. "Existe gente que não gosta do nosso governo. A oposição faz parte de qualquer sistema democrático. Agora, é uma aglomeração, então é um risco a que essas pessoas se submeteram", opinou.
 

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