Eleições 2022

Lupércio abre as portas para os Coelho em Olinda, mas deixa claro: 'também desejo disputar o Governo de Pernambuco'

Clã Coelho iniciou em Olinda uma série de visitas a lideranças de várias cidades do Estado para "renovar parcerias e discutir o cenário político para as eleições de 2022"

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Renata Monteiro

Publicado em 26/07/2021 às 18:10 | Atualizado em 26/07/2021 às 18:10
Lupércio (SD) - DIVULGAÇÃO

O prefeito de Olinda, Lupércio Nascimento (SD), que se reuniu na manhã desta segunda-feira (26) com o grupo do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) no Palácio dos Governadores, sede da prefeitura, afirmou que o pleito de 2022 esteve na pauta da reunião, bem como um possível apoio seu a uma candidatura do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), ao Governo de Pernambuco. Destacando a sua excelente relação com a família, Lupércio disse que manteve as portas abertas para uma composição com os Coelho no futuro, mas que deixou claro que também nutre o desejo de disputar o Palácio do Campo das Princesas e que não pensa em abdicar desse plano por enquanto.

"Miguel Coelho foi deputado comigo e nós temos uma relação muito boa desde a Alepe. Ele esteve conosco há uns meses e, agora, o pai dele pediu essa agenda. Nesse encontro nós tivemos a oportunidade de agradecer ao senador, que sempre foi muito solícito conosco nas vezes em que estivemos em Brasília, eles fizeram elogios à nossa gestão, reconheceram o trabalho que está sendo feito em Olinda, e evidente que houve uma conversa sobre 2022. Nós deixamos isso muito aberto, uma coisa para o futuro, embora eu tenha dito a ele que é um desejo meu também de disputar as eleições", observou Lupércio.

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FBC, Miguel, além do deputado federal Fernando Filho (DEM) e o deputado estadual Antônio Coelho (DEM) iniciaram hoje uma série de visitas a lideranças de várias cidades do Estado para "renovar parcerias e discutir o cenário político para as eleições de 2022", segundo a assessoria de imprensa do senador. Nesta segunda o clã passou por Olinda, Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes, e ao longo da semana eles também devem passar por cidades do Agreste, Zona da Mata e Sertão.

A programação foi pensada poucos dias depois de o presidente estadual do MDB, Raul Henry, afirmar que o partido não desembarcaria da Frente Popular para bancar a postulação de Miguel a governador. FBC já afirmou que não desistiu do projeto e tem uma reunião com o presidente nacional da sigla, Baleia Rossi, marcada para o início de agosto.

Assim como Miguel, Lupércio é filiado a um partido que, hoje, integra a base de apoio do PSB no Estado, o Solidariedade. Segundo o prefeito de Olinda, porém, a sua situação partidária é diferente, pois o presidente estadual da sigla, Augusto Coutinho, já afirmou que abonaria a sua candidatura, caso este seja realmente o seu desejo.

"O deputado Augusto Coutinho é simpático ao nosso nome, tanto é que ele já disse que se eu quiser disputar ele abona a minha ficha. Nós estamos construindo essa ideia, mas de olho no que está acontecendo em Brasília, com relação à reforma eleitoral. O ano de 2021 deve ser o momento para a gente moldar as nossas ideias e a gente pretende, já no comecinho do ano que vem, colocar isso em prática. Tudo isso, contudo, não impede que a gente faça as nossas movimentações em outros municípios, conversando com lideranças", declarou o gestor da Marim dos Caetés.

Questionado sobre qual seria a melhor estratégia da oposição para o pleito do próximo ano, se o lançamento de uma única candidatura ou a aposta em mais de um nome, Lupércio frisou que tem um profundo respeito pelo governador Paulo Câmara e pelo PSB e que acredita que a apresentação de mais de um candidato aumentaria as chances de um segundo turno no Estado. "Quando a gente fala na construção de outras vias, se sabe que geralmente quem está no mandato acaba levando vantagem e indo para o segundo turno. E muitas vezes há o esforço de existir outros candidatos para somar as forças para que alguém vá para o segundo turno e, a partir desse momento, se juntar. Não é que não seja possível ganhar no primeiro turno, mas nós precisamos ser realistas. É importante ressaltar que eu fui deputado estadual da bancada do governo, não tivemos o apoio esperado do PSB para a reeleição em Olinda, mas isso não quer dizer que a gente esteja estremecido ou rompido com o Governo do Estado. O Solidariedade ainda faz parte da base do governo e uma candidatura é algo legítimo, mas não estamos rachados", explicou.

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