O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, negou a existência de negociações com o PCdoB para uma possível fusão. O dirigente também se mostrou incomodado com a intromissão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste tema, por o petista acreditar que a fusão poderia beneficiar sua candidatura, garantindo alguns palanques, como por exemplo, no Rio Grande do Sul, com a ex-candidata a vice-presidente em 2018, Manuela D'Ávilla, atualmente no PCdoB.
"Não existem conversas para fundir o PSB com o PCdoB, e se o Lula quer o nosso apoio mesmo não deveria se imiscuir neste assunto — que não pertence ao PT e muito menos a ele, Lula.", disparou Carlos Siqueira, em publicação no Twitter.
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A leitura que se faz, segundo análise da coluna Cena Política do JC, é que a fusão poderia ajudar o líder petista a resolver quem seria seu candidato a vice na chapa para 2022. Ao escolher um nome do grupo PSB-PCdoB, Lula poderia satisfazer os dois partidos. A discussão pela fusão do PCdoB não é nova e em 2018, a legenda quase foi extinta diante do seu desempenho nas urnas. De acordo com a clausula de barreira para as próximas eleições, os partidos precisam atingir pelo menos 2% dos votos válidos no pleito da Câmara dos Deputados.
Assim como Carlos Siqueira nega que a existência desse diálogo dentro do PSB, a vice-governadora e presidente nacional do PCdoB, também nega a possibilidade de fusão entre as siglas. Ela defende a federação partidária como alternativa de sobrevivência. No início de julho, Luciana esteve com o ex-presidente Lula, em Brasília, e o próprio petista reiterou seu apoio ao modelo federativo. "O PCdoB sempre terá minha solidariedade por sua luta na defesa do povo brasileiro", disse Lula ao registrar o encontro.