Atualizada às 18h33
O eleitor brasileiro espera que o próximo presidente da República, eleito em 2022 (ou reeleito, caso Bolsonaro vença novamente nas urnas), trate sobretudo de temas relacionados à economia. Dados da última pesquisa do Instituto Ipespe, divulgada nesta quarta-feira (3), apontam que a pauta econômica é vista como mais importantes por 44% dos entrevistados.
Inflação e custo de vida são apontados por 18%. Entre outros temas econômicos, estão desemprego (14%), fome/miséria (11%) e salário (1%). A preocupação com a economia reflete um cenário de crise com a inflação alta e um aumento generalizado de preços, da alimentação até o combustível.
- Pesquisa Ipespe: Terceira via tem 45% dos eleitores para disputar, mas segue pulverizada
- Pesquisa Ipespe: Imprensa é principal fonte sobre política
A mesma pesquisa Ipespe mostrou que a população tem uma expectativa otimista em relação à manutenção dos empregos. Do total de entrevistados, 57% dos ouvidos veem uma chance grande ou muito grande de manter o emprego nos próximos seis meses. A condução econômica do País, no entanto, tem sido vista sob aspectos receosos, já que para 67% dos entrevistados a economia está indo no caminho errado.
Educação e saúde
A educação, por sua vez, é lembrada por 27% dos entrevistados. Isto porque, com o recuo da pandemia da covid-19, há uma série de dificuldades envolvendo a volta das aulas presenciais nas escolas, sobretudo na rede pública, diante da evasão escolar e problemas estruturais que dificultam o cumprimento das regras sanitárias.
Já a área da saúde é lembrada por 15% dos entrevistados. Em todo o País, 55% da população brasileira já completou o esquema vacinal, enquanto 74,7% tomaram apenas uma dose da vacina e 4,1% a dose de reforço do imunizante.
Pesquisa
A última pesquisa Ipespe foi realizada entre os dias 25 e 28 de outubro, com 1.000 entrevistados representando o eleitorado brasileiro: todas as regiões do País, cotas de sexo, idade e localidade e controle de instrução, renda e recall do voto presidencial nas eleições de 2018.
O intervalo de confiança da pesquisa é de 95,5%. Já a margem de erro máximo estimada é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.