Carnaval 2022

Governador do Ceará se posiciona contra Réveillon e Carnaval: nova onda de covid-19 no estado seria "tragédia"

"E a preocupação por conta dos indicativos que a gente acompanha no mundo inteiro, aumentando os casos?", questionou o governador Camilo Santana

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Mirella Araújo

Publicado em 22/11/2021 às 18:57 | Atualizado em 22/11/2021 às 19:20
O governador disse que o tema será será submetido ao Comitê da Pandemia, que analisará todos os dados epidemiológicos e os números da vacinação - JÚLIO CAESAR/O POVO

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), tem se posicionado contra a realização de grandes eventos como o Réveillon e o Carnaval. Nesta segunda-feira (22), o gestor disse que seria uma "tragédia" para o estado enfrentar uma eventual nova onda da covid-19. "A minha posição individual é contrária, neste momento, a qualquer tipo de festa que não haja controle absoluto ao acesso das pessoas. Estamos falando de espaços aberto que vão aglutinar 500 mil pessoas", declarou. 

"Qual vai ser o nível de controle? E a preocupação por conta dos indicativos que a gente acompanha no mundo inteiro, aumentando os casos? Seria uma tragédia para o Ceará uma retomada de outra onda da Covid aqui", disse Camilo, reiterando o que já havia publicado nas redes sociais, no dia anterior. As informações são do O Povo.

 

O governador do Ceará explicou que o tema está sendo avaliado pelo Comitê da Pandemia, mas que a definição sobre a realização destas festas será feita com "critérios técnicos e científicos".

Em Pernambuco, o secretário estadual de Saúde André Longo declarou que hoje "não há segurança sanitária" para a realização de grandes eventos como o Carnaval. Na última coletiva de imprensa (18), para falar sobre a situação pandêmica no Estado, Longo explicou que a preocupação do governo é incentivar as 593 mil pessoas que estão com a segunda dose da vacina contra a covid-19 em atraso, a completarem o esquema vacinal.

A meta da Secretaria de Saúde é chegar até fevereiro com 90% da população pernambucana vacinada e e cerca de 2 milhões de pessoas com a terceirada dose, chamada de dose de reforço. Isso porque entre os meses de fevereiro e março, a incidência de doenças respiratórias é maior, consequentemente, há um aumento no número de casos. 

“Neste momento, ainda é cedo para tomarmos decisões acerca desses eventos, especialmente do Carnaval, que se realiza de forma concomitante - este ano é no final de fevereiro - com o período de sazonalidade de ocorrência de doenças respiratórias. Então, nosso planejamento é independente da realização do Carnaval, nós precisamos chegar em fevereiro com as melhores condições sanitárias possíveis e segurança sanitária”, explicou Longo.

Ainda segundo o secretário, os municípios pernambucanos podem fazer seus planejamentos sobre essas festividades, entretanto, a definição se ocorrerá ou não, eventos públicos ou privados, deverá levar em consideração as condições e segurança sanitárias. Esses fatores estão sendo avaliados pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19. 

Comitê

No dia seguinte às explicações da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), o prefeito do Recife, João Campos (PSB), anunciou que propôs a criação de um comitê em parceria com as prefeituras do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador, para garantir ações de monitoramento e formulação de políticas de saúde que cumpram recomendações sanitárias para o deliberar sobre o ciclo momesco.

“Propus ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, a criação de um comitê com as cidades que realizam os maiores Carnavais do Brasil. A ideia é que as nossas gestões possam discutir conjuntamente as condições sanitárias que podem balizar a realização dessa que é a maior festa do país, sempre respeitando o que as autoridades da saúde indicarem. Também vou procurar os prefeitos de Salvador, Bruno Reis; de São Paulo, Ricardo Nunes; e de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. Nossas cidades precisam conversar para que possamos ter uma unidade sobre esse assunto”, destacou Campos.

 

 

 

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