O governador Paulo Câmara nomeou o presidente da Fundarpe, Marcelo Canuto, para ser o novo secretário de Justiça e Direitos Humanos do Governo de Pernambuco. O ato de nomeação será publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (14). Marcelo Canuto substitui Eduardo Gomes Figueiredo, que estava respondendo pelo expediente da SJDH interinamente, desde dezembro do ano passado, quando o então titular da pasta, Pedro Eurico foi exonerado do cargo após denúncias de violência doméstica contra sua ex-esposa Maria Eduarda Marques.
“Marcelo Canuto tem mais de trinta anos de dedicação ao serviço público, sempre em funções de interlocução com a sociedade. Tenho certeza que ele vai contribuir muito com nossa gestão na Secretaria de Justiça e Direitos Humanos. Quero também aproveitar para agradecer ao secretário Eduardo Gomes de Figueiredo pelo seu trabalho nesse período de transição à frente da pasta”, afirmou o governador Paulo Câmara.
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Na gestão Eduardo Campos, Marcelo Canuto foi secretário especial de Articulação Social do Estado, secretário executivo de Articulação Parlamentar da Casa Civil e secretário de Cultura. Antes de assumir a presidência da Fundarpe, no Governo Paulo Câmara, Canuto comandou a Secretaria Executiva de Coordenação da Casa Civil.
ESPERA
A nomeação de um novo titular era bastante aguardada, principalmente diante da proximidade de Eduardo Figueiredo com o ex-secretário Pedro Eurico. Ambos são aliados há mais de uma década: trabalhavam juntos, como advogados, e, há nove anos, em cargos no governo estadual.
Enquanto Eurico era titular da pasta, Figueiredo era executivo. Eduardo Figueiredo, inclusive, na condição de advogado, acompanhou o processo de divórcio entre Pedro Eurico e a ex-mulher, a economista aposentada Maria Eduarda Marques de Carvalho.
O governador Paulo Câmara já havia dito publicamente trocaria o comando da pasta. Ao falar pela primeira vez sobre o caso, no dia 10 de dezembro, ao ser questionado pelo JC, o gestor disse "os encaminhamentos necessários" haviam sido feitos junto a Polícia Civil. "Estamos em um estado democrático de direito, em que cabe efetivamente se respeitar um rito. Mas por parte do Estado de Pernambuco, nós vamos continuar a trabalhar e não vamos admitir qualquer tipo de violência, como nós sempre fizemos", declarou na ocasião.