Enquanto a oposição repisa o discurso de que o pré-candidato a governador, o deputado federal, Danilo Cabral (PSB), tem escondido o governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB) neste período de pré-campanha, o parlamentar tem marcado presença nas agendas do Palácio do Campo das Princesas.
Com a chapa completa prestes a ser anunciada nos próximos dias, Danilo Cabral participou, nesta terça-feira (18), da assinatura do Projeto de Lei (PL) que autoriza a contratação por tempo determinado de professores de educação escolar quilombola.
- Aliado defende relação de Danilo Cabral com Eduardo Campos: "irmandade"
- Saiba quem é Carlos Veras, nome indicado pelo PT para o Senado na chapa Danilo Cabral
- André de Paula acena para Marília Arraes, mas garante apoio a Danilo Cabral
- No Senado, André de Paula é visto como amortecedor contra eventual traição do PT a Danilo Cabral
A proposta, que será submetida à votação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), tem o objetivo de modificar a lei Nº 14.547, de 21 de dezembro de 2011, para incluir como necessidade temporária de excepcional interesse público a admissão de professor de educação escolar quilombola - o Estado possui a quarta maior comunidade quilombola do Brasil.
Ainda segundo a proposta do Executivo, para ser contratado o professor de educação escolar quilombola precisará comprovar notória capacidade técnica no currículo. A previsão é de que as contratações iniciais sejam de três anos, podendo haver recondução por iguais períodos, mediante novos processos seletivos simplificados, até a nomeação de cargos efetivos por concurso público específico para essa modalidade.
Na ocasião, o pré-candidato a governador afirmou que teria se aproximado dessa pauta, na época em que foi secretário de Educação, na primeira gestão do ex-governador Eduardo Campos (2007-2010). “Há necessidade de avançarmos nessa pauta, para que a gente possa garantir uma educação pública de qualidade, gratuita e para todos. Quando a gente considera todos, a gente está falando de tratar os diferentes de formas diferentes. Nesse caso, a gente tem aí a necessidade posta pelos povos originários; que seja respeitada na política de conteúdo pedagógica, na parte de material didático”, pontuou Danilo.
“Não basta ser um professor, tem que conhecer todo o processo histórico, toda cultura que precisa ser preservada. Esse ato do governador é um ato importante. Nós estamos falando, hoje, de 350 comunidades quilombolas que já estão devidamente reconhecidas no estado de Pernambuco; já têm o reconhecimento do estado brasileiro. Têm outras 300 que precisam passar por esse processo. Estamos falando aqui para 200 mil pernambucanos e pernambucanas, que, como eu disse, também têm direito a ter uma educação pública de qualidade”, finalizou Danilo.