Torcedores do Náutico realizaram um protesto, na noite desta quinta-feira, na sede social nos Aflitos, contra os assédios que teriam sido cometidos dentro do clube que foram denunciados por mulheres nos últimos dias. O ato aconteceu no mesmo horário do jogo contra o Cruzeiro, em partida válida pela última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
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O acusado é Errisson Melo, ex-superintendente financeiro e irmão do presidente Edno Melo. A primeira vítima que denunciou as importunações foi a ex-diretor da mulher e de operações, Tatiana Roma.
"Estou aqui cobrando uma resposta do Náutico e também da Justiça. Tantos casos de assédios não podem ficar impunes. Justiça para Tati (Roma, ex-diretor da mulher e primeira vítima que realizou a denúncia) e todas as outras que sofreram na mão de um assediador", disse a alvirrubra Fernanda Rocha, que estava presente no protesto.
Torcedora do Náutico, Mariana Lessa destacou a necessidade de combater o caso. Ela salientou que as mulheres que gostam de futebol sofrem bastante com o machismo que impera o esporte.
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"Sou torcedora do Náutico e estou protestando contra todos esses assédios que aconteceram por parte do dirigente do Náutico. Estamos aqui protestando, pois sabemos o machismo cultural que cerca o futebol. Isso é só a ponta do 'iceberg'", afirmou a alvirrubra.
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"Tem toda uma parte maior que precisamos combater, mas precisamos chegar nesses casos mais expressivos para mostrar o quanto as mulheres que gostam de futebol sofrem neste espaço, que também é nosso", acrescentou.
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O protesto aconteceu de forma pacífica nos Aflitos e não teve nenhum incidente. Os torcedores também prometeram outras ações em forma de protestos contra os casos de assédio que aconteceram dentro do campo. Em postagem no Instagram, o grupo de torcedoras chamado Timbuzeiras explicou as intenções do protesto e se manifestou sobre o caso.
“O Náutico é um clube de todos”, infelizmente essa afirmação só acontece na teoria. Na prática , estamos constantemente vivenciando situações criminosas de racismo, homofobia e assédio. Não podemos mais deixar que o Náutico seja associado a tais situações", disse a postagem.
"Por isso, convocamos as diversas torcidas e torcedores do clube para se reunir, na quinta-feira (25), às 20 horas, na sede do Clube Náutico Capibaribe, para fazermos uma manifestação exigindo punições cabíveis. O Náutico é maior que isso!", completou o perfil.