Após 20 dias de buscas, Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos de idade, acusado de múltiplos assassinatos, foi morto por policiais. O fugitivo foi baleado durante uma troca de tiros com agentes que tentavam capturá-lo. Levado ao Hospital Municipal Bom Jesus, de Águas Lindas de Goiás (GO), Lázaro não resistiu aos ferimentos.
Com a divulgação da notícia da morte, diversas foram as reações nas redes sociais, alguns parabenizando a polícia, outros chegando a comemorar a morte do fugitivo. Em meio às publicações, vídeos e fotos supostamente do corpo de Lázaro, que teriam vazado, estão sendo compartilhadas.
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Não é novidade que, em redes sociais, o compartilhamento de registros visuais de tragédias e acidentes é frequente. No entanto, em respeito aos familiares e aos leitores não publicamos imagens desse tipo. Hoje o Código de Ética do Jornalismo, no capítulo III destaca que "o jornalista não pode divulgar informações de caráter mórbido, sensacionalista ou contrário aos valores humanos, especialmente em cobertura de crimes e acidentes".
Assim, manuais de redação pelo País compartilham da visão de comedimento com imagens de cadáveres. O manual da Folha de S. Paulo por exemplo, destaca que qualquer conteúdo com cenas chocantes ou violentas deve ser aprovado previamente e e que nas plataformas digitais, vídeos e imagens com essas características e que tenham interesse jornalístico devem ser precedidas de um alerta, como exemplo: "Atenção" As imagens a seguir são agressivas".
Inclusive, os vídeos do momento em que os policiais arremessam o corpo de Lázaro em um veículo reproduzidas pela TV Jornal estão borrados e com as devidas tarjas. Confira:
Lázaro Barbosa
O governador Ronaldo Caiado anunciou, por meio do Twitter, que Lázaro tinha sido preso por agentes das forças de segurança que participam da megaoperação que mobilizou quase 300 policiais.
“Acabo de receber a informação de que o Lázaro foi preso”, disse Caiado, em um vídeo divulgado poucos minutos antes da confirmação da morte do fugitivo. “Meus cumprimentos a todas as forças de segurança que trabalharam com determinação para mostrar que a lei está acima de tudo”.
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Lázaro é acusado de assassinar quatro pessoas da mesma família em uma chácara no Distrito Federal. Uma quinta vítima teria sido feita refém em Goiás. Ele ainda é suspeito de balear três pessoas no município de Cocalzinho de Goiás, onde se concentraram as buscas. Lázaro Barbosa já havia sido condenado por homicídio na Bahia.
O fugitivo foi surpreendido por policiais quando chegava à casa de sua ex-sogra, na zona rural de Águas Lindas (GO), a cerca de 50 quilômetros de Brasília. “Ele foi para encontrar com ela. Nós já estávamos monitorando, tentamos pegá-lo no momento [em que ele se aproximou], mas ele chegou a ameaçar alguns policiais”, contou o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, explicando que após ser cercado, Lázaro trocou tiros com os policiais e foi baleado. Sua ex-esposa e sua ex-sogra foram conduzidas para prestar depoimento.
Socorrido com vida, Lázaro foi levado ao Hospital Municipal Bom Jesus, de Águas Lindas de Goiás (GO), mas não resistiu aos ferimentos. Seu corpo já foi transferido para o Instituto Médico Legal (IML) de Goiania, onde será periciado antes de ser liberado para que sua família providencie o enterro.