Faltam 25 dias para a estreia da turnê comemorativa de 30 anos da dupla Sandy e Junior, intitulada Nossa História. A jornada de 15 shows começa pelo Recife no dia 12 de julho, com ingressos esgotados, no Classic Hall. E por trás deste grande acontecimento está o diretor geral da turnê Raoni Carneiro, de 37 anos.
O paulista, revelado ao público por seus trabalhos como ator, tem feito sucesso nos bastidores ao dirigir grandes espetáculos como o primeiro DVD da cantora Anitta, da própria Sandy (Meu Canto) e até especiais da TV Globo como Show da Virada, Criança Esperança, Roberto Carlos e, recentemente, o programa Só Toca Top.
O Jornal do Commercio conversou com Raoni para que ele contasse um pouco dos preparativos do show que vai reunir Sandy e Junior Lima novamente nos palcos. “Estamos nos processos finais de todos os materiais, consolidando todas as ideias que estavam no papel e que agora começam a virar realidade. Acho que essa é a fase mais difícil de todo o processo”, afirma o diretor.
Na época da coletiva de anúncio da turnê, em março, Raoni Carneiro havia explicado um pouco do conceito do show. “O conceito de Nossa História é uma experiência atemporal, com um show vivo, latente, pulsante, repleto de amor e cuidado em cada passo, cada detalhe. Mas não estamos falando de um show vintage, apesar de ter uma matéria prima riquíssima adormecida há anos. O público e os artistas evoluíram, e o espetáculo vai acompanhar isso”, declarou.
Devido à grande procura do públicos pelos shows, que causou congestionamentos na internet e filas quilométricas em pontos físicos pelo País, Raoni contou que a turnê também cresceu para atender essa demanda: “Na verdade, estávamos na evolução do conceito quando tudo isso começou a acontecer. Já estávamos no trabalhando no projeto, mas acredito que esse tipo de projeto ganha seu caminho organicamente, e hoje temos alinhado o exato tamanho dele, considerando também desafios de logística e expectativa dos fãs”.
Sem dar muitos detalhes, o diretor resumiu o que o Nossa História traz de novidade ao seu currículo. “Todo trabalho tem algo inédito, e nesse existem muitas questões. Mas acho que há algumas questões tecnológicas e o desafio narrativo. São muitos sucessos em apenas um show, uma história toda pra contar”, diz ele, que revela que o script do show já foi modificado várias vezes: “Trabalho no roteiro até o dia da estreia”.
Raoni também contou como tem sido a conversa com Sandy e Junior Lima, já que antes de diretor geral dos irmãos, é amigo dos dois de longa data: “O diálogo nesse caso é constante. Eles são muito participativos e munidos de referências. Não é só diálogo, é muita troca. Além da amizade, há um grande respeito profissional, nos admiramos imensamente. Há uma troca extremamente cuidadosa pelos profissionais que nos tornamos. Isso é nobre e torna o convívio leve. Estamos num projeto enorme e com muitas responsabilidades. Darmos as mãos é o melhor caminho, até porque todo e qualquer projeto passa e o carinho e a amizade continuam. E isso faz parte da vida”.
Junto a Raoni Carneiro na direção, também fazem parte do time da turnê comemorativa a cenografia de Zé Carratu, a iluminação de Carlinhos Nogueira, e o videografismo assinado por Studio Curva, Gogacine e o diretor de arte Rafael Conde.
No comando do ballet do Nossa História, que conta com 12 bailarinos, estará Kátia Barros, que também coreografou o primeiro DVD da cantora Anitta, gravado em 2014. “A Kátia é uma grande parceira profissional, sou fã do trabalho dela e todas as vezes que nos encontramos nos desafiamos. A vinda dela vem alinhada com o olhar artístico que quero pro show”, explicou Raoni. Completando a equipe técnica, a direção musical está sendo assinada por Lucas Lima e o próprio Junior, que reunirá sete músicos no palco – quatro deles da formação original das turnês da dupla, que foi encerrada em 2007.
Com toda essa expectativa para esse retorno temporário de Sandy e Junior 12 anos depois, para Raoni Carneiro, essa turnê já se tornou marcante muito antes de começar.
“De cara, o fenômeno de venda já fez história. A mobilização em massa demonstra um impacto cultural significativo, o quão essas músicas interpretadas pela dupla marcaram gerações. Mas, antes de tudo, a dupla construiu uma história com seu público e todas essas memórias voltam. Temos a possibilidade de sentir algo que não sentíamos há muito tempo. A proposta desse show é exatamente isso, de uma lembrança legítima e íntima. Que tal criar um hiato no tempo? Um show que só aconteça hoje, agora! Quem estiver na arena poderá contar para gerações: eu estive lá e lembro de cada segundo. Faz parte da nossa historia”, conclui.