Importante investimento no futebol brasileiro, o patrocínio da Caixa Econômica deve ser cortado pelo atual governo federal nas próximas semanas. Quem falou sobre o assunto foi o ministro da economia, Paulo Guedes, durante cerimônia de posse do presidente da Caixa, Pedro Guimarães. Entre os clubes beneficiados pelo banco está o Sport, que teve o contrato renovado até o próximo dia 28 de fevereiro. O Leão deve receber cerca de R$ 2,8 milhões até o final da parceria.
Se a informação for confirmada, porém, a Caixa deixaria 25 clubes “órfãos” do benefício, o que culminaria em um prejuízo de pelo menos R$ 127 milhões. Em seu discurso, Paulo Guedes não falou sobre detalhes, mas surgiu com a proposta de cortar o investimento esportivo. "É possível fazer coisas 100 vezes melhores com menos recursos do que gastar com publicidade para o futebol", pontuou o ministro. Alguns clubes, inclusive, já estão trabalhando alternativas para suprir o orçamento da Caixa. Este é o caso de Cruzeiro e América-MG.
A situação financeira do Sport também é bem delicada. Com três meses de salários atrasados, a nova gestão rubro-negra tem como prioridade acabar com as dívidas para iniciar a temporada de 2019 sem pedências financeiras. Apesar dos problemas com o orçamento e a possível saída da Caixa, o Leão prefere não se pronunciar sobre o assunto. “O Sport não pode manifestar nada, porque não tem como especular. Não houve um comunicado formal sobre o encerramento do patrocínio, então não tem como avaliar uma situação que não é real até o momento”, observou o vice-presidente rubro-negro, Carlos Frederico.
De acordo com o diretor de futebol Wanderson Lacerda, o clube não poder desperdiçar R$ 1,00 sequer. “O Sport encara uma situação financeira que não pode perder um real. Se cair dinheiro no chão tem que pegar o dinheiro de volta e colocar no bolso”, relatou o dirigente.