O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou nesta quarta-feira (16) que as manchas de petróleo nas praias do Nordeste são um caso de poluição “sem precedente” no país e de origem ainda desconhecida.
“O problema é que é um caso sem precedentes, e a origem do petróleo cru é desconhecida. Já se sabe que o petróleo não é brasileiro, que tem provavelmente origem venezuelana, mas não se sabe como ele vazou para o litoral brasileiro. Isso dificulta, portanto, medidas de contenção. Aquelas medidas de contenção que podem ser pertinentes nos casos de determinado acidente, conhecida a origem, não são necessariamente pertinentes num caso de poluição difusa como estamos vendo aqui”, afirmou o ministro, em Salvador, após sobrevoo no litoral da Bahia.
Salles reiterou que o governo federal tem tomado todas as medidas necessárias à identificação do petróleo e sua origem, além do recolhimento e destinação do produto desde o início de setembro.
“Com relação ao monitoramento especificamente, nós utilizamos satélites, não só brasileiros, mas também estrangeiros. Temos utilizado aeronave do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], com um sistema de radar. Essa aeronave percorreu e vem percorrendo todo o litoral brasileiro, sem detecção desse óleo, que vem por baixo da superfície. Ele vem de um sistema subsuperficial, está abaixo do sistema de visualização por radar”, disse o ministro.
Salles acrescentou que, pelas características do material que está se deslocando, não se consegue avistá-lo por cima. "Ele só aparece, só se tem notícia de onde ele está, na hora em que ele está bem próximo à praia.”
A Petrobras informou que, desde 12 de setembro, já retirou das praias do Nordeste mais de 200 toneladas de resíduos de petróleo. Os resíduos são uma mistura de petróleo cru e areia e foram recolhidos por cerca de 1,7 mil agentes ambientais.
O Ibama também participa desse trabalho, e os custos das atividades de limpeza serão ressarcidos. O instituto é o responsável pelas decisões na operação, enquanto a estatal dá apoio técnico e implementa as estratégias.
•Boa Viagem - Recife
•Praia Del Chifre - Olinda
•Candeias - Jaboatão dos Guararapes
•Piedade - Jaboatão dos Guararapes
•Praias de Gamboa - Ipojuca
•Praia de Nossa Senhora do Ó - Ipojuca
•Porto de Galinhas - Ipojuca
•Pau Amarelo - Paulista
•Conceição - Paulista
•Carneiros - Tamandaré
•Tamandaré - Tamandaré
•Ilha Cocaia - Cabo de Santo Agostinho
•Praia do Paiva - Cabo de Santo Agostinho
•Praia do Forte Orange - Ilha de Itamaracá
•Catuama - Goiana
•Ponta de Pedras - Goiana
1. Não entre em contato com o óleo. Perigo de alta toxidade! Não tente limpar com sabão, areia, ou qualquer produto químico. Essas substâncias podem disseminar a contaminação do óleo no ambiente e no animal;
2. Não devolva o animal ao mar. Animais encalhados precisam de avaliação clínica especializada. Caso devolvido sem cuidados adequados, o animal poderá encalhar novamente;
3. Isole a área, evite barulho, conversas, e movimentos que possam estressar o animal. Não alimente e nem force a ingestão de líquidos;
4. Proteja o animal do sol (com guarda-sol, panos limpos) e aguarde a chegada da equipe de resgate.
Fonte: PCCB-UERN (Projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte)
Para saber quais foram as localidades afetadas no Nordeste para clicar aqui.