O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), decidiu manter o silêncio desde a última quinta-feira (07) quando o STF, por 6 votos a 5, vetou a prisão após condenação em segunda instância. O silêncio se estendeu até esta sexta-feira (08), dia em que o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi liberado da prisão em Curitiba. Nas redes sociais, onde Bolsonaro é bastante ativo, não se vê nenhuma publicação falando sobre algum dos assuntos, pelo menos.
Ainda, nesta sexta-feira (08), Bolsonaro cancelou uma entrevista coletiva que daria depois da entrega de um ônibus coletivo na cidade de Goiânia, em Goiás. Os repórteres que foram levados à sala do estádio Serra Dourada tiveram a ingrata surpresa de que o presidente não falaria mais. Todos foram dispensados.
No evento em Goiânia, Quando soube que o alvará de soltura havia sido expedido, Bolsonaro para ler algo e comentou com o seu assessor, Célio Faria. Depois, ele falou ao ouvido do ministro da Educação, Abraham Weintraub, abaixou a cabeça e olhou para a frente. Em seguida, Célio voltou a falar com Bolsonaro, que acenou negativamente com a mão. Depois, o presidente discursou por oito minutos, mas não fez referência ao assunto.
Na manhã desta sexta (08), quando saia do Palácio da Alvorada, Bolsonaro, ao ser abordado por jornalistas, perguntou o que eles queriam falar e, ao ser questionado sobre a decisão do STF sobre a prisão em segunda instância, ele entrou no carro e seguiu para uma formatura de novos agentes da Polícia Federal, onde, também, não mencionou o tema.
Se não falou de Lula, o presidente Bolsonaro usou as redes sociais para corrigir a jornalista Natuza Nery, da Globonews, que o chamou de ‘ex-presidente’ ao vivo. “Muitos caem no jogo de ‘equívocos rotineiros’ inocentemente! Estamos mudando o Brasil”, tuitou o presidente.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) comentou sobre o veto da prisão em segunda instância no Twitter. Ele citou o caso da vereadora Marielle Franco, dizendo que há uma certa intensidade da justiça apenas quando o assunto é pedir prisão para os culpados do assassinato.
O vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), também filho do presidente, publicou um vídeo na quinta-feira (07), dia em que foi vetada a prisão em segunda instância pelo STF, publicou um vídeo de Lula. “O corrupto condenado admite que errou ao não regular a mídia”, diz o vereador do Rio de Janeiro.
Sobre a soltura de Lula, Carlos Bolsonaro crê que ‘esse jogo virará’, como publicou nesta sexta-feira. “O Brasil não aceitará mais o show dos bandidos do PT, PCdoB, ‘Piçóu’ [PSOL] e etc”, afirmou Carlos.
Até esta sexta-feira (08), o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) não se pronunciou sobre o assunto do veto da prisão em segunda instância e da soltura do ex-presidente Lula. Sua última publicação foi na última quarta-feira (06).