O País voltou a ficar perplexo ao longo da semana com os mega-assaltos a bancos registrados nos municípios de Criciúma (SC) e Cametá (PA).
>>Um dia após Criciúma, Cametá, no Pará, também é aterrorizada por quadrilha de roubo a banco
Um inferno que os pernambucanos conhecem bem. As investidas no Estado deram uma trégua, mas foi no ano de 2017 - o mais violento da história do Estado - que elas atingiram o ápice, com ações ousadas, tiros e mortes.
Relembre alguns casos.
No dia 3 de fevereiro de 2017 Pernambuco sofreu um duro golpe: o maior ativo turístico do Estado - o balneário de Porto de Galinhas, em Ipojuca - foi atacado por cerca de 20 homens que explodiram as duas agências bancárias do local. As unidades ficavam em plena Vila de Porto, por onde circulam muitas pessoas.
A investida começou por volta das 2h45. Após as explosões os bancos ficaram destruídos. Pela manhã, desolados, moradores e turistas, em vez de fotografar as belezas do local, registravam os escombros.
Nunca houve nada parecido. No dia 21 de fevereiro de 2017 a Zona Oeste do Recife virou uma praça de guerra. Cerca de 25 homens fortemente armados investiram contra a sede da transportadora de valores Brinks. Eles explodiram a parede de uma loja de conveniência que ficava ao lado da unidade.
Houve pronta resposta das polícias no caso. Um total de 138 PMs participou da tentativa de conter os assaltantes. Houve intensa troca de tiros e carros queimados nas ruas.
Apenas nove dias depois da cinematográfica investida à Brinks, um outro assalto apavorou o Grande Recife. Bandidos explodiram agências do Itaú e Banco do Brasil no Cabo de Santo Agostinho. A polícia foi acionada e houve intensa perseguição ao grupo em canaviais do município de Moreno. No confronto com os policiais, seis criminosos foram mortos e outros quatro foram presos.
No dia 3 de maio de 2017 um grupo criminoso cercou as saídas do município de Tamandaré, no Litoral Sul, para explodir agências bancárias. Uma delas ficava em frente ao alojamento do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (Bepi, antiga Ciosac). O local foi metralhado para que os militares - de uma das unidades de elite da PM - não saíssem. O golpe mais cinematográfico foi a fuga: os bandidos escaparam em uma lancha pelo Rio Ariquindá, não sem antes afundar no próprio curso d´água os carros usados na ação.
No dia 1 de agosto de 2017, criminosos explodiram a agência e levaram o cofre inteiro da Caixa Econômica Federal em Itamaracá. O bando usou até uma ambulância da própria prefeitura para bloquear uma via e dificultar o acesso da polícia. Depois fugiram em duas lanchas que estavam ancoradas na Praia de Jaguaribe.